domingo, 30 de dezembro de 2012

STAR AGAIN

Se esse post tivesse entrado no dia certo que programei (30/12/2012) começaria assim:

"Amanhã quando você estiver olhando para o relógio e contar quantos minutos faltam para o começo de um novo ano, certamente passará em sua cabeça mais uma vez o que será preciso para 2013 ser melhor do que 2012.

Pensará o que foi bom nesse ano, o que você não quer que aconteça novamente, pode rir, pode chorar, pode decidir recomeçar, mas tudo isso depende de você."

Na verdade sempre dependeu de você

 

O insucesso é apenas uma oportunidade para recomeçar de novo com mais inteligência.
O que será ser só
Quando outro dia amanhecer?
Será recomeçar?
Será ser livre sem querer?


Chico Buarque



Cada dia que surge, constitui uma nova vida para quem sabe viver.

Horacio



 Por fora, já desistiu. Por dentro, sempre descobre alguma desculpa para recomeçar.


Permita-se recomeçar. Assim como o sol renasce todo dia, mesmo sem ter morrido


Há momentos em que a única solução é partir. Partir não por covardia, mas partir porque é melhor recomeçar do nada, que não ter sequer o nada para recomeçar...



"Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!

E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas".


"Se as coisas não saíram como planejei posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar. O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser."


Um ótimo 2013 para todos nós
Abraço
Jeff
 





quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

do desejo.

o que dizer na última postagem do ano? falar do que já passou ou do porvir? no meio desta dúvida, decidi escrever sobre o desejo, que de certo modo reúne todos os tempos em mim::: o que passou, o agora, o porvir.

por causa do desejo, fiz mais uma daquelas viagens a sampa. atribulada com mil tarefas, só me dei conta que 2012 era o ano da bienal de artes de são paulo, no dia em que ela teve início. estava em Natal para um evento acadêmico e desde então fiquei me lamentando por não ter dado uma "passadinha" por lá, como se fosse fácil... e não é. é bom lembrar que eu sou uma professora universitária que mora na mata (e o que isso significa em termos de - pouca - grana e - muita - distância dos grandes centros culturais). mas se há algo que me incomoda, é um certo modo de vida vazio que vejo muito por aí, em que (parece) haver dinheiro para tudo (sempre o risco dos desejos materiais), mas nunca para um programa cultural, a compra de um livro, de um cd (ainda se compram cds? quanto a mim, a resposta é afirmativa), para uma viagem para ver pessoas amadas ou mesmo para um jantar mais sofisticado ou uma boa noite regada a churrasco e cerveja. e, sim, eu não sei viver sem isto. e não carrego nenhuma culpa por isso.

então eu fui - seguindo a lógica de que daqui a dois anos haverá bienal outra vez, mas não esta bienal - a que foi pensada (e muito bem pensada, posso dizer agora) pelo curador Luiz Pérrez-Oramas, com este belo título: A iminência das poéticas. segui a lógica de que o agora importa, que desejar não apenas objetos, mas sobretudo vivências, é o que realmente tem importância. e por pensar assim, vivi momentos muito intensos, não apenas na bienal, mas também no seu "entorno"::: a belíssima exposição de Adriana Varejão no MAM, o novo filme de Abbas Kiarostami, Um alguém apaixonado, o super show da Madonna; Goeldi, na Pinacoteca, Otto no boulevard São João, os jantares e as pausas nos bares com pessoas amadas, amigas, lindas, que sempre têm algo a me dizer e que acabam por habitar em mim para sempre. 

e como são paulo, para mim, sempre se parece com uma maratona de peças de teatro, desta vez foi uma para cada noite que passei na cidade. e os deuses do teatro me abençoaram, porque todas foram obras ímpares, em que, cada uma do seu jeito, deixou em mim um sentimento profundo, um ponto de interrogação infinito: A casa amarela, com Gero Camilo, Toda nudez será castigada, de Nelson Rodrigues, com direção de Antunes Filho, Ato de comunhão, de Lautaro Vilo, e Luiz Antônio... Gabriela, de Nelson Baskerville. E se não fossem duas das pessoas de que falei acima não teria visto estas duas últimas peças. 

por que as pessoas também devem fazer parte dos desejos. e este foi um dos meus principais aprendizados deste ano::: que só devo querer ao meu lado quem realmente pode me "dizer" algo, me mostrar algum lado bonito da vida. porque eu sou boa aprendiz. sou dispersa, sou incrustada em mim, mas sou atenta às pessoas "bonitas" e nisto não excluo o contraditório::: boniteza de alma, para mim, não tem a ver com perfeição. tem a ver com a potência que cada um carrega de desejo, de querer estar no mundo e pensar sobre o mundo de um modo que não seja óbvio, que não seja dado. 
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e por último (nesta postagem que fala de um pouco de tudo)

(é apenas isto que tenho tentado ensinar ao meu filho. que eu e o tatupai temos tentado::: manter seu olhar curioso ante a beleza do mundo e das pessoas). e sinto que temos conseguido::: Poeminha gosta de gente e gosta de "coisas" - ele gosta, deseja, pede, classifica de "legal" e de "chato", de "bom" e de "ruim". e para isso pula, dança, ouve músicas, vê filme, folheia livros, leio livros para ele, rola na areia do pesqueiro dos amigos, "voa" se autodizendo "eu sou um passarinho",  e na água, "eu sou um peixe", espantando-nos com sua tranquilidade, com sua concentração, com sua sensibilidade. quanto a mim, chamo isso de ensinar a "fantasiar", a "desejar". para que ele cresça e saiba das diversas faces do mundo, que estão aí para serem saboreadas. para que ele cresça e não queira apenas um carro, uma super casa, o "mais novo" modelo de celular, de tablet, e o escambal, que são muito bacanas, mas vazios de sentido se forem apenas isto. que ele cresça e queira ver o mundo todo - como nós. nas diversas acepções de "mundo todo". não sei se dará certo. é uma aposta no escuro. mas uma aposta que eu e tatupai conduzimos porque somos, nós mesmos, seres desejantes. porque consentimos. con-sentimos. sentimos.


    

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

On the road

Todo ano escrevo metas para o ano seguinte. Não necessariamente no ano novo, porque acredito que nunca é tarde ou cedo demais. Apesar de ser clichezão recomendo a todos porque sempre reclamamos demais (estou me colocando nesse grupo também).

 Fazendo essas listinhas e voltando a elas periodicamente vi que sempre consigo conquistar muitos objetivos, mesmo que temporariamente. E, assim, pude ver que tenho muito mais a agradecer do que reclamar. Um dos tópicos presentes há pelo menos 5 anos nas minhas listinhas é o "viajar", "conhecer lugares novos", "ver o mar" e afins.

 Acredito que na vida o que vale realmente são os contatos que estabelecemos, os momentos que vivenciamos. E que a cultura não está somente nos livros (queridos eruditos, saim um pouco de casa!) mas na alteridade. A imagem abaixo diz o que penso e sinto toda vez que faço uma viagem, mesmo que ela seja de 30 Km à cidade vizinha. 


Ps. Não sou muito chegada aos festejos de final de ano. Mas espero que vocês desfrutem de tudo o que há de lindo. Até o ano que vem.







segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Então é Natal de novo

Então é Natal. É, de novo. Aliás, ainda não é, mas daqui a pouco vai ser. E preciso tomar banho, me arrumar e partir pra casa dos tios, onde o jantar de Natal acontece já há alguns anos. Por que estou dizendo isso? Porque provavelmente vocês estão fazendo coisas muito parecidas e não têm tempo para ver o blog. Aliás, pensando nisso agora, eu acho que poderia dizer qualquer absurdo aqui que ninguém jamais saberia. Talvez eu devesse revelar algum segredo bem sórdido. É. Acho que é isso mesmo que vou fazer.

Eu tenho as duas orelhas furadas. Oooh! Não uso brinco há milênios, mas os malditos furos nunca fecharam direito.


E a mensagem de Boas Festas, né? Crianças, desejo um Natal mais do que feliz a todos vocês! Porque alegria, amizade, amor e boas companhias não têm preço.

domingo, 23 de dezembro de 2012

Papai Noel

- Pai, o Papai Noel existe?
- Veja bem, Joãozinho. Vamos tentar descobrir juntos. Existem aproximadamente dois bilhões de crianças (com menos de 18 anos) no mundo. Porém, como Papai Noel não visita criança das religiões muçulmana, Hindu, Judaica e Budista, isso reduz o trabalho na noite de Natal para 15 % do total, ou 378 milhões de pessoas. A uma taxa média de 3,5 crianças por lar, tem-se um total de 108 milhões de lares, considerando que haja pelo menos uma criança boazinha em cada lar. 
O Papai Noel tem cerca de 31 horas de Natal para trabalhar, graças à diferença de fuso-horário e à rotação da Terra, considerando que ele viaje de leste para oeste (o que parece lógico). Isso resultaria em 967,7 visitas por segundo, e significa que, para cada casa cristã com uma criança boazinha, Papai Noel tem cerca de 1/1000 segundo para estacionar o trenó, saltar, pular na chaminé, encher as meias, distribuir os presentes restantes sob a árvore, comer algum lanche que tenha sido deixado para ele, subir de volta pela chaminé, entrar no trenó e ir até a próxima casa. Considerando que cada uma das 108 milhões de paradas esteja distribuída uniformemente pelo mundo (o que, naturalmente, sabemos ser falso, mas será aceito para fins de cálculo),estamos falando agora de aproximadamente 1,25km por casa – uma viagem total de 121,5 milhões de km, sem contar idas ao banheiro e descansos. Isso significa que o trenó do Papai Noel move-se a uma velocidade de 1.046 km/s – 3.000 vezes a velocidade do som. Para fins de comparação, o veículo mais veloz já construído pelo homem, a sonda espacial Ulisses, move-se a acanhados 44,1 km/s, e uma rena normal pode correr a 24 km/h (no máximo). Joãozinho, você está prestando atenção?
A carga útil do trenó representa um outro elemento interessante. Considerando que cada criança não receba nada mais que um Lego médio (907g), o trenó levaria mais de 500 mil toneladas, sem contar o peso do “bom velhinho”. Em terra, uma rena normal não puxa mais que 136 kg. Mesmo admitindo que renas “voadoras” pudessem puxar dez vezes o normal, o serviço não poderia ser feito com oito ou nove delas – Papai Noel precisaria de 360.000 renas. Isso aumentaria a carga, sem contar o peso do trenó, mais 54 mil toneladas, ou aproximadamente sete vezes o peso do Queen Elizabeth (o navio, não a monarca). 500 mil toneladas viajando a 1.046km/s cria uma enorme resistência do ar isso aqueceria as renas da mesma maneira que uma nave espacial ao reentrar na atmosfera da Terra. O primeiro par de renas absorveria (14,3×10 elevado a 19) joules de energia por segundo. Em resumo, elas explodiriam em chamas quase que instantaneamente, explodindo as renas atrás delas e criando estrondos sônicos ensurdecedores em seu rastro. Todo o conjunto de renas seria vaporizado em 4,26 milésimos de segundo, ou quase quando Papai Noel atingisse a quinta casa em sua viagem. Porém, nada disso importa, pois o Papai Noel, com a aceleração resultante de uma parada brusca a partir de 1.046 km/s em 0,001 segundo, estaria sujeito a uma força de 17.000 G’s. Um Papai Noel de 113 kg (que parece ridiculamente magro) seria imobilizado no fundo do trenó por 1.957.258 kgf o que esmagaria instantaneamente os seus ossos e órgãos, reduzindo-o a uma bolha trêmula de meleca pegajosa cor-de-rosa. Respondi sua pergunta?
- Sim, papai. Obrigado.

E mais de vinte anos se passaram e o Joãozinho continua acreditando no Papai Noel e lamentando que ele só dá presentes para as crianças... os adultos não ganham nada por se comportar o ano todo?

sábado, 22 de dezembro de 2012

Sincretista

Vai no macumbeiro
Na adventista
Ora o dia inteiro
Quer virar papista

Saca dinheiro
Vira dizimista
Com seu carro esporte
Vai na Metodista

Final de semana
Silas Malafaia
Mas quando se encana
crê em deusa Maia

Vai pra mesquita
até de ressaca
Vira Hinduísta
E adora vaca

Sincretista, sincretista
Sincretista, sincretista
Sincretista...
No candomblé... 

Sincretista, sincretista
Sincretista, sincretista
Sincretista...
Vai onde quer! 

Sincretista, sincretista
Sincretista, sincretista
Sincretista...
Consulta o xamã... 

Sincretista, sincretista
Sincretista, sincretista
Sincretista...
Filha de Iansã!


***

Retrospectiva dos dias 22 em 2012

Sincretista

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

E não é que não acabou?! (Pelo menos por enquanto...)

Pois é, minha gente!

São 18h42, e o mundo por enquanto não acabou!

Durante meses eu pensei no quê escreveria nessa data!
Eu queria ter escrito o post bem antes dessa data fatídica, mas arrumei um emprego tempos atrás que tem tomado o meu dia inteiro, e chego em casa quase morto de cansaço. Daí, nem PC tenho ligado...

Tô de férias na rádio até o dia 03/01 (sim, não saí de lá)! 
Achei que gostariam de saber disso também!

By the way...

Lembro que no ano passado, falava-se muito sobre o fim do mundo!
Eu particularmente nunca acreditei nessa hipótese! Maaaaas, nada contra quem vendeu a casa e foi morar como ermitão com toda a família! Afinal de contas, cada um vive da maneira que quiser!

É, meus amigos e amigas!

Lá se vai mais um ano!

Tanta gente que a gente conheceu foi embora!

Aqui mesmo no blog! Acabei de ler que a Ana Paula Tá zarpando, por conta dos novos projetos dela!

Sorte aê, menina! Adorei ler seus textos! Que tudo dê certo pra você!

Minha homenagem também aos que já foram daqui, e que sigo acompanhando pelo Twitter!
Gente boa! Gente fina! Pessoas que moram tão longe de mim mas que parecem tão próximas ao mesmo tempo!

Agradeço a oportunidade de fazer parte desse grupo de blogueiros!
É motivo de orgulho pra mim!

O meu tá lá, tadinho! Abandonado, de certa forma! 
Como já disse, graças ao novo emprego, quase não tenho mais tempo para fazer o que sempre tanto gostei... Mas faz parte da vida! 
Essa mudança na minha chegou quase no finalzinho de 2012... Mas aconteceu!

Durante anos trabalhei duas horas por dia, na rádio!
Agora, é hora de tirar o atraso!

Desculpe se o texto não foi tudo aquilo que você esperava!
Mas não tinha como não ser dessa maneira, como um bate-papo com você, querido leitor!

Dizem que o jogo só termina quando o juiz apita (valeu pelo título, coringão!), e ainda não é meia-noite... Mas acho que o mundo não acaba mais!

Será um prazer estar aqui novamente, em Janeiro de 2013, completando um ano com vocês!

Feliz Natal, galera! Excelente ano novo pra vocês!

Que o nosso Blog das 30 Pessoas continue cativante como sempre foi!

Obrigado pela amizade virtual de todos! Pelos comentários sempre tão bondosos e afáveis!

Deixo aqui, um vídeo que não canso de ver!

Ele fala de lembranças! E tenho tantas por esse mundão de meu Deus e nesse mundão da internet...

Até mais, meus amigos e amigas!

Bjo no coração de cada um e de cada uma de vocês!

Valeu por fazerem parte de minhas lembranças!

Sempre!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

E se não acabar?

Desde a virada do último ano-novo, o assunto é o fim do mundo. 
Não se fala em outra coisa. Os dias passaram, quantas pessoas passaram, tantas coisas aconteceram, tão rápidas, e de repente o dia de tudo acabar já está aí. 
Amanhã.
E motivos não faltam para não duvidar de que o fim está mesmo próximo: pessoas que se atropelam, amores que dilaceram pessoas e crianças que vão pro lixo no sentido mais literal e cru, falcatruas políticas de proporções inimagináveis que passam ilesas diante de tantos olhos indignados, impotentes, corações tão apertados quanto o orçamento das contas de casa. Ninguém mais cede. Mas tudo bem, a gente afrouxa e esquece desse sofrimento todo com qualquer coisa que nos faça rir de imediato, com qualquer novo amigo que nos mostre uma foto do que vai comer agora, e depois descarrega torcendo pro nosso time ser o campeão!

O tempo. Depois da banda larga, a velocidade do tempo está alterada. Tudo é agora, tudo está na mão a um clique, tudo é muito rápido: ao mesmo tempo em que a Luísa está no Canadá, milhões de crianças doentes e animais abandonados pedem a sua ajuda apenas compartilhando esta mensagem. Uma enorme variedade de revelações e opiniões sobre a injustiça mundial explode em RGB na nossa frente, mas no poder continuam sempre os mesmos. E enquanto as revoluções, protestos, e caridade rolam dentro deste enorme Second Life que a internet se tornou, do lado de fora cada um se tranca em sua bolha e nem repara em quem esbarrou, em qual pé pisou, no que a mãe ou o pai avisou... e a vida vai passando na mesma velocidade.

Até que chega hoje. Um dia antes de acabar o mundo. 
Todo ano o mundo acaba e começa de novo para todo mundo. Na teoria ganhamos mais 365 dias novinhos para consertar as merdas que fizemos no ano passado e sermos alguém melhor. A esperança sempre ali, no finalzinho de tudo, nos salvando e chutando a nossa bunda pra frente. 

Só que não amanhã. Amanhã é diferente, amanhã o mundo acaba mesmo!
Sem volta.
Os maias disseram, é definitivo!
Como disse o Nostradamus, dessa data não passa! Mas dessa vez é verdade!

Mas, e se não acabar?
E as pendências que eu queria deixar passar?
Aquela conversa que eu precisava ter tido com a minha mãe?
O abraço que eu devia ter dado nos meus irmãos?
E o salário que eu falei que ia pro meu próximo mochilão?
Todos aqueles cursos que eu ia fazer ano que vem, o emprego novo que eu ia procurar?
Aquele tanto de folhas em branco na gaveta, e as ideias que eu deixei de rascunhar ?
As fotos que eu queria ter revelado, as cartas que podia ter mandado?
O que eu faço com todos os meus projetos parados?

Será que eu já estou conformado que não ia mesmo dar tempo de fazer tudo que havia programado e já aceitei o fim? Assim, de graça, sem fazer nada? 

Aaaah, não mesmo!!
Pois vai acabar e já!
O mundão nosso de cada dia, eu não sei, mas esse mundo de coisas que venho deixando acumular e que acabou me tornando uma grande curva de rio. O fim dele começa agora, chega!
Chega de coisa parada, chega de roupa usada, chega de fazer sala.
Chega do que ocupa algum espaço que não é mais, de deixar a vida escorrer e fazer pouco, ou fazer nada, de apenas vontades que poderiam ser bem mais se virarem verdades.
Vai zerar.
Depois desse fim, vou criar um mundo novo totalmente diferente, com mais mil projetos, objetivos e metas, pra ir mudando, acabando e criando tudo de novo toda vez que me enjoar. Mas vou tentar não atrapalhar o mundo de algum vizinho, nem bagunçar (muito).
Vai começar, e já!

Porque quando o mundo acabar de verdade, da minha parte, vou querer que fique tudo arrumadinho.



... e por falar em acabar, acaba aqui também a minha temporada no Blog dos 30!
Explico: já não é de hoje que os dias 20 passam em branco, venho enfrentando um duradouro bloqueio criativo; por outro lado, mas há um bom tempo também, estou me dedicando em finalizar diversos outros projetos e planos em que me enfiei e que acabaram encostados do lado de fora (da internet).
Por isso, decidi ceder espaço a novos talentos que possam aproveitar melhor este dia, para noooooossa alegria, e enquanto eu permaneço na minha missão de definir pra quais linhas vou pular depois de cada ponto final.

Grande beijo, obrigada e sucesso ao blog!




quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Uma dúvida

Fim de ano é engraçado, né? Época em que a gente sempre acha que ano que vem tudo vai dar certo e fica meio desesperado pelas coisas que achávamos que teria dado certo no último ano e não deram. No último ano eu disse que nesse ano eu me casaria, com certeza. "Vai conhecer alguém e se casar em um ano?", meus amigos questionaram. "Sim, vai ser avassalador.", eu respondia. Nem sequer namorei alguém. De avassalador mesmo só teve uma inflamação em um gânglio que eu tive que achei que ia me matar. Mas não.
Aprendi um monte de coisas. A gente sempre aprende. Se bem que nem foram tantas assim. Aprendi a ser mais eu, mais justo comigo e com os outros. Isso da um trabalho. É engraçado mas nem todo mundo quer que você seja muito justo com eles.
Ainda vale uma dúvida pro fim do ano? Quem sabe aprendo mais alguma coisa nesse, né? Se você quer muito ficar com alguém e esse alguém está com outro alguém, mas ainda gosta de você, mas também gosta do outro alguém, você deixa a pessoa ser feliz porque ela já está feliz com esse alguém ou tenta roubar a pessoa desse alguém tornando-o infeliz e ignorando o sofrimento dele e da pessoa que você ama por fazer o outro alguém sofrer? É certo ser antiético quando se está autobeneficiando? Ou o certo é deixar a pessoa ser feliz com o outro porque o amor verdadeiro é privilegiar mais a felicidade da outra pessoa mesmo que não seja a opção mais feliz pra si próprio?
Ano que vem aprendo isso então. E me caso.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Uma palavra rude, que um dia falei pra alguém...

Sofrimento não é meu, seu, nosso. O sofrer transita. Coisa do sentir. Eu não amo. O amor passa por mim. Se eu o convenço a ficar bom. Bom pra mim. Ele tá cagando. Ele transita. Passeia. Me vê indo embora, você indo embora, a vizinha indo embora, todos indo, novos chegando, e continua. Ad eternum. Coisa do sofrer. Do sentir. Essa trupe...


Schopenhauer disse que o amor é a natureza, e que o que ela quer é perpetuar espécie. Somos micro do macro, matéria do todo, pouca e petulante, porém necessária até quando ela achar que é. Paixão, afinidade, pau duro e buceta molhada, tudo truque da ardilosa pra procriar e perpetuar espécie. 
Disse também que entendendo isso eu perderia o medo de morrer. Saberia que morrer é só mais um evento, cíclico feito nascer, meter, procriar e morrer. De novo.


A dona Bete e o seu Antonio fecharam ciclo. Estacionaram a essência por aí. Ela gorda, cega, infantilizada, de rim morto. Ele velho, cardiopata, amável de rim idem. Ela gostava de música boa e de chorar. Ele de sorrir e se preocupar. Ela pidona me chamava (sempre) de Danilo. Ele queria saber do meu fim de semana, e sabia meu nome. Senti a falta deles.


Schopenhauer não explica saudade, vontade de cuidar, de querer ser protegido. Não diz também porque cargas d´água você dá o cu, cola velcro, não compra um fone e gosta de sertanejo. Ou diz em outra obra que meu exemplar de bolso ficou devendo. Não importa. Somos finito infinito, temos prazo e não temos. Micro do macro, lembra? Eu sentiria sua falta.





Bom ano, boa vida, bom fim do mundo. E que não estacionemos na minhoca, assexualidade deve ser um pé no saco.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Parece que os Maias estavam certos

Estou de férias e como é típico ao período, procuro sempre pensar em assuntos que farão a diferença para a sociedade.

O mais recente é o fim do mundo, previsto pelos Maias.

Eu sei que você, provavelmente, é cético quanto a este assunto!
Não o julgo, eu sempre fui também.

Contudo, nesta semana, eu li que o guitarrista do Radiohead (banda a qual respeito e aprecio) está em São Luiz de Paraitinga para esperar tal evento.

O curioso é que quando estava lendo a matéria na Folha ou na UOL e soltei sem pensar a expressão:
Meu Deus! É o fim do mundo! Mesmo lendo depois que essa notícia carece de verdade.

Aliás, recentemente, esta expressão tem feito parte do meu conteúdo lexical. As mesmas palavras também foram pronunciadas quando li que o pessoal do Facebook elegeu o Marcos, ex-goleiro do Palmeiras, como o Nostradamus da atualidade, porque ele disse que o ano que o Corinthians ganhasse a Libertadores, Palmeiras seria rebaixado.

O mais chocante é que tem gente afirmando que ele é mesmo muito sensitivo, afinal, ele é "São".

Mas a melhor e inigualável, que me fez ter certeza de que (sim!) o apocalipse se aproxima, é que o Márcio Garcia, indiano desprezado pela Juliana Paes, é diretor de cinema! E não para por aí! Ele está promovendo um filme, em que ELE PRÓPRIO dirigiu o Andy Garcia, o mesmo que fez Poderoso Chefão 3 e que outrora foi dirigido pelo Francis Coppola, inclusive namorou a filho do homem.

Eu não vejo salvação.
Por isso, se você já estava escrevendo as suas metas para 2013, prefira investir o pouco tempo que, talvez, reste em coisas mais divertidas e prazerosas, é o que eu pretendo fazer!


sábado, 15 de dezembro de 2012

O(di)fício


Tem o que não sabe, mas manda. Tem a perua. O que sempre dá um jeitinho. A mentirosa. O Tonho da Lua. Tem o metido a galã. A fofoqueira. A sedutora decadente. O tiozão engraçadinho do ‘é pavê ou pá cumê?”. Tem a obsessiva-compulsiva. O zero à esquerda. O nervozinho. A doce, inocente, sonhadora. O workaholic. O politicamente correto. Tem a reclamona. A barraqueira. O que vive de atestado. Aquele que parece que o gato comeu a língua. A que adora puxar o tapete. Tem o talentoso subestimado. A caloteira. O chato de galochas. A chorona. O estagiário...

... e para ajudar a aguentar todos eles, tem o décimo terceiro e a cidra da cesta de natal.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Armadura

Nascera com uma dura e feia carapaça nas costas.
No início da vida, a tal armadura traseira, amarronzada, causava-lhe dificuldade para andar e para correr no meio das árvores com suas curtas pernas.
Morava numa parte muito alta da floresta, que o impossibilitava de ir para outras áreas.
Cresceu dessa forma, confinado e conformado com o que tinha.
Apesar de sentir vergonha do adorno que o acompanhava e o protegia ao mesmo tempo, aprendeu a desenvolver suas habilidades, conhecendo cada cantinho do seu habitat natural.
E assim foram-se os anos.
Viu muitos dos seus serem levados pelo tempo e o tempo levar muitos.
E chegou o tempo em que aprendeu a lidar com a feia couraça e percebeu que, mesmo não tendo boa aparência, ela era muito útil para proteger-lhe das ameaças que surgiam vez ou outra.
Então veio o dia em que a rotina, dividida entre seu buraco escuro e as longas corridas pela curta mata, não o satisfazia mais.
Foi numa tarde de sol estridente, sentado à beira do precipício, que dividia sua floresta das outras partes, que pensou:
- Eu poderia conhecer outros lugares.
Pensou isso batendo suas curtas pernas contra as rochas calcárias e assistiu os fragmentos deslizarem entre os arbustos, até se desfazerem no final do rochedo.
Deitou-se. E observando o céu pensou na possibilidade de ter asas, mas logo se lembrou da couraça no seu corpo.
E foi também sentado, em mais uma tarde, que os brilhos, os sons e o movimento da floresta de baixo, pareceram mais sedutores do que nunca.
Inebriado com a ideia de não precisar arrastar sua carapaça a vida toda pelos mesmos arbustos espinhosos, pensou:
- Deve haver flores mais coloridas e perfumadas, deve existir lagos de águas mais cristalinas e comidas de sabores diferentes.
Neste mesmo momento o medo ficou para trás. O grande medo de ser o único no novo lugar com aquela couraça esquisita se dissolveu como areia na água.
Juntou os pés, abaixou a cabeça e se curvou no eixo na barriga. Agora seu corpo era uma esfera.
Sem dar nova chance ao temor, tomou impulso e rolou.
Rolou e rolou, quicando entre os arbustos e rochedos, numa velocidade incrível. Seu cérebro era uma folha em branco, não conseguia pensar em nada.
A descida parecia durar uma eternidade.
Acordou sem saber quantas horas haviam se passado, ainda zonzo e sentindo dores alucinantes . Sua couraça estava feito um quebra-cabeça, espalhada entre as rochas que rolaram junto.
Não houve momento de despedidas. Foi pensar e rolar.
A nova vida que veio pela frente não era tão doce quanto imaginava. As flores não eram tão cheirosas e coloridas, a água não tinha o mesmo brilho vista de perto.
Havia agora muito mais concorrência por comida e por espaço. A nova floresta era realmente grande, mas na mesma proporção, hostil.
Comprovou que existiam outros de sua espécie, mas agora ele era o diferente por não ter mais a carapaça que tanto o incomodava e isso também significava não ter mais a proteção que o matinha vivo e forte.
Acostumou-se a voltar em muitas noites para o ponto onde rolara. De lá, deitado, ele pensava que aquele era o mesmo céu, com o mesmo cintilar de estrelas que ele via da floresta de cima. Isso o confortava.
Com medo, com saudade, cansado, sem sua armadura, na floresta hostil, ele pensou em voz alta:

- Não há nada que eu não possa me adaptar.

Desde então, orgulhoso de sua coragem, o tombo passou a valer à pena.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Finalmente o Natal será meu....

Nunca gostei de Natal,talvez devido a minha personalidade meio rabugenta,sempre achei um porre as pessoas fingindo uma bondade momentânea e seletiva,todos ficam meigos e tiram fotos nas ruas,com decorações enormes,como se isso fosse divertido ou fizesse de alguém uma pessoa melhor.
Mas nos últimos tempos venho mudando de idéia,apenas porque aprendi a dizer
`não ´.
Parece que no fim do ano ficamos presos e envolvidos no famoso `tem que ´´e o que poderia ser uma diversão vira um fardo.
Como nem sempre tive minha família por perto, amigos me convidavam a passar o Natal com suas famílias,mas por alguma coisa que não sei explicar,não gosto de jantares de Natal,prefiro ficar na minha.
Mas quem disse que eu podia dizer `não ´?E lá ia eu atrás de um presente para meu amigo,algum prato para levar e todas as aquelas chatices.Sempre entrei em amigos secretos a força e acabava sempre com o pior presente,apesar de me esforçar tanto em achar alguma coisa legal para a pessoa que eu tivesse tirado.
Não gosto de lojas nem de supermercados,mas acabava ali,com tudo nas costas,se era Natal em família,tinha que levar isso ou aquilo,as vezes fazer o Natal na minha casa e se era em casa de amigos era a mesma coisa.
Chegando lá,onde quer que fosse o `lá´ fosse,nunca curti,sempre achei um noite chata.
E então encontrei no meu do caminho um guru que me ensinou a fazer as contas.Quanto me custava em dinheiro o que eu comprava,quanto eu gastava em presentes para outros e comida,quanta energia eu perdia e sendo sinceros,em uma justa matemática,o que eu recebia em troca?Sim,porque finalmente ninguém dá nada por nada,ao menos que seja a noite de Natal no monastério budista.Caso contrário as pessoas se amarram a questões materiais e a vontade de ficar bem na fita.Tenho uma amiga que cozinha a ceia inteira para a família do marido,apenas para que todos digam o quanto é maravilhosa.
Me retirei a fazer as contas.Percebi que eu nunca gastava o que queria comigo,porque meu dinheiro ia em comprar presentes para o outro.O tempo que eu levava cozinhando,quando muitas vezes ninguém agradeceu,como se fosse obrigação de alguém cozinhar nesse sagrado dia.
E percebi o mais importante,eu não gosto da data,não gosto de compras e não gosto das chatices de fim de ano.Ponto.
Resolvi dizer `não ´.No começo fui chantageada,pressionada,empurrada.Um amigo me convidou o Natal passado para ir a sua casa,eu avisei que não ia e ele se plantou na porta da minha casa,mesmo assim não cedi e a amizade acabou ali.Em outros lugares amigos se deram a liberdade de colocar meu nome na lista de amigo secreto,sabiam porque eu avisei que eu não iria participar,mas sempre alguém dizia-`Gente,na hora a Iara muda de idéia e vem ´.Não fui.Também ganhei inimigos.
A família foi avisada e eu escutei todo o repertório básico de uma família católica-E se for o último Natal dos seus pais?
Porra,se for o último paciência,não tenho a agenda de Deus,não sei nem quando vai ser meu último Natal na Terra,mas tenho certeza que vou ter o primeiro como sempre quis,a vontade,fazendo o que der na telha sem obrigações nem chatices impostas.
É mais do que justo,o ano inteiro eu me submeto a regras sociais e agüento um monte de gente chata e uma humanidade que não tem conserto,é muito pedir para que o fim de ano seja meu,sem essas obrigações deprimentes?
Cada um comemora o Natal como quiser,eu prefiro assim,concentrada no que quero e longe de aporrinhações.
Já passei metade do mês dizendo que não vou mudar de idéia e provavelmente passe outras semanas assim.Mas é uma decisão minha,resolvi dizer `não ´ ao mundo e dizer `sim ´ a mim mesma.Finalmente,depois de anos,décadas,o Natal me parece uma data a comemorar.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Trevo de Quatro Folhas: A Gaita

Sorte! Após várias semanas caminhando sem destino e sem local para dormir, achei uma nota alta. Um simples papel que viera a calhar, afinal não comia bem há muito. Vislumbrado o dinheiro e caminhando, me deparei com uma enorme vitrine de instrumentos musicais.

Havia uma orquestra montada naquela vitrine. Instrumentos de cordas, sopro, metais, percussão, assim como deveria ser. Havia também uma gaita, dizia ser uma gaita em Dó. Lembrei-me de quando era criança e havia ganhado uma desses de Natal. Passei por ali por alguns momentos observando-a, vermelha e intensa, e esquecendo-me da fome, comprei a gaita.

Se arrependimento matasse, eu iria morrer, mas primeiro de fome. Ao fim do dia já não tinha força para nada e então arrumei alguns pedaços de papelão para montar a casinha daquela noite e já que a dor de estômago não me deixava dormir, resolvi finalmente dar o primeiro sopro em meu novo companheiro.

O som misturado com o sentimento improvisava um som que fazia minha fome ir embora e também trazia à minha mente uma ideia interessante. No dia seguinte, sentei-me no centro da praça daquela pacata vila e coloquei-me a tocar. As músicas improvisavam sorrisos aos que passavam e traziam moedas ao caneco que coloquei ali por perto.

E se a música move sentimentos, move a mim também. Foi assim que paguei pelo meu almoço antes de continuar minha jornada para lugar algum. 

Encontre mais no livro Rascunhos Vivos

domingo, 9 de dezembro de 2012

Ausência

Frio. Solidão. Escuridão. Ausência de luz. Tudo isso me causa medo. Por não enxergar, por não saber onde as coisas estão, por não poder vigiar, controlar. Sim, gosto de saber de tudo, onde está tudo, quem fez o quê. No entanto, essa condição de ausência de luz lembra minhas ausências. Suor. Frio. Calafrio. Taquicardia. Distonia. Nervosismo. Acessar minhas ausências me dói. Dói ver que não sou completo, perfeito. Dói olhar e não ver. Dói estar de olhos abertos, mas não enxergar por uma limitação externar. É isso! Essa ausência revela algo maior, uma ausência de amor. Amo do lado de cá e o outro lado não ama, não está aberto, está escuro. Percebo, só agora, que há uma diferença entre escuridão e ausência de luz. Parece-me que escuridão é aglomerador, grande, vasto. Cabe tudo. Escuro. Sem enxergar, contudo cabe algo. Enquanto ausência, dói justamente, por revelar na pequenez a falta de. Pronto, assumo: ausência de luz é revelar a ausência que há em mim diante da escuridão que há em ti. Porque ausência é falta. Luz é norte. E ausência de luz é vazio, é ausência de ti.

sábado, 8 de dezembro de 2012

Tudo vai dar pé


canto quando estou alegre
canto quando estou triste

cantarolo na verdade
apesar de não ser completamente desafinada
não tenho um timbre suficientemente agradável aos ouvidos

já me cumprimentaram no serviço sem me ver
só pelo som do assobio

já peguei meu filho cantando músicas
que ele só conhece de me ouvir cantando pela casa

troco programa de TV matutino por rádio FM
qualquer estação

não me irrito com som alto do vizinho
canto junto

não gosto de repet e shuffle
ouça tudo
e na ordem

preciso ir num show periodicamente
recarregar as baterias
recarreguei quarta-feira

tenho cantarolado muito ultimamente

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Por um amor que não se diga.

 

Você já amou pela beleza do gesto?

Pode ser que morder a maçã a plenos dentes o faça achar o verme dentro dela repulsivo.

Pode ser que você ame a um ele, pode ser que ame a uma ela, pode ser que ame só a si mesmo.

Pode ser que você ame o mundo todo, e dê um pouquinho (ou muito) desse amor a cada lábio em que encosta, e a cada abraço que dá.

Pode ser que ele/a te traia e você nem saiba. Pode ser que saiba, e na verdade não se importe. Porque sabe, no final das contas, que o seu coração também não pertence só a um/a.

Pode ser que você só descubra que o/a ama quando vocês já deram um ao outro cortes fundos demais para curar. E pode ser que esse amor ferido seja o amor da sua vida. O que é amor sem tragédia?

Pode ser que você o/a ame por suas virtudes, sem deixar de desprezá-lo/a por seus defeitos. Mas dê um pouco de tempo, e você vai ver que pode ser que o amor seja tão grande que você nem se lembre mais do desprezo.

Pode ser um milhão de coisas. Romeu & Julieta. Christian & Satine. Batman & Mulher-Gato. Aragorn & Arwen. Ismael & Erwann.

O amor nunca é pequeno. Não é nem mesmo mensurável. Não tente colocá-lo em uma caixinha e colar uma etiqueta em cima. Se ainda não o fez, ame pela beleza do gesto.

“O amor, apesar do que te dizem, não conquista a tudo, e quase sempre nem mesmo dura. No final, as aspirações românticas da nossa juventude são reduzidas a: o que quer que funcione. É por isso que eu não posso dizer vezes o bastante: qualquer amor que você puder ter e prover, qualquer alegria que você conseguir reter ou doar, qualquer medida temporária de graça. O QUE QUER QUE FUNCIONE” – Boris Yellnikoff (Larry David) em Tudo Pode Dar Certo, de Woody Allen

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

ataque de amor


_ imagem livremente roubada do www.facebook.com/bagmagazine

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Inveja Branca. Ou não.

Eu sempre achei injusto que algumas pessoas fossem mais bonitas que as outras. Mais inteligentes que as outras. Mais amadas que as outras. Mais sortudas que as outras. Fui uma comunista espiritual. Algo assim. Que porra de Deus imparcial é esse? Hoje me divirto com minhas sinas.

Pessoas bonitas, agora invejo menos vocês. Verdade. Pessoas inteligentes, vocês ainda me deixam embasbacada. E quando é são as duas coisas junto? Como lidar? Só sofrendo em silêncio mesmo.

Agora, o que eu invejo, invejo, mas invejo de verdade mesmo é quem sabe dançar ou cantar. Tem coisa mais legal que uma pessoa malemolente? Poxa, puta inveja. Como que vocês, malemolentes, conseguem ver uma pessoa dançando e já sair fazendo igual? Isso é impossível pra mim. Mesmo. Não é timidez. É total incapacidade. Não tenho o reflexo de espelho. Sei lá. Nem valsa, nem forró. Não sei nada. O corpo não corresponde aos comandos do cérebro.

Se Deus existir e for bom, na próxima reencarnação ele vai arrumar esse pequeno defeito de fabricação, e vou sair como vocês, dançando por aí. Ou cantar. Cantar bem seria legal também. Uma coisa Nina Simone. Dá pra ser?

sábado, 1 de dezembro de 2012

promessas para 2013

não postei no último mês, sorry. e por pouco não posto novamente. a questão é falta de tempo, planejamento, programação. últimos meses cheios, cheíssimos. emprego novo maravilhoso. prêmio em edital público. casa nova. um site novo! abertura do ~ próprio negócio ~ 

então dá pra imaginar que em meio a documentos de comprovação de renda, quase não deu pra parar aqui pra escrever, nem ler o que o pessoal tem escrito, certo?

enfim, quem me conhece sabe de algumas coisas em relação ao fim do ano:

- não gosto deste clima de amor do fim do ano
- não gosto de amigo secreto
- não gosto do natal

mas quem me conhece bem também sabe disso:

- não gosto de quem reclama do clima de amor fim do ano
- não gosto de quem reclama de amigo secreto
- não gosto de quem reclama do natal

entretanto

- adoro festa
- adoro comida
- adoro meus amigos e família

portanto

vou participar de todos os amigos secretos que surgirem
vou me dividir em dois lugares no natal 
vou super curtir a virada do ano (estourar champagne, pular ondas e comer romã)

e também vou fazer promessas, que costumo apelidar de METAS. são muitas, umas 80, mas elenquei 10.

seguem:


1. postar todos os meses aqui
2. ir pra nova york/são francisco/berlin
3. conseguir mais uns cinco clientes
4. terminar o mestrado
5. ficar mais tempo com o sobrinho
6. comer menos doce
7. ler mais livros
8. comprar um sofá novo
9. promover a paz mundial
10. sair de sp

e prometo também posts melhores que este. 

boa sorte pra todos e até 2013.




sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Corra e olhe o céu


Confesso que já fui meio que viciado em efemérides, e que isso ira respingar aqui no blog mais vezes.

Para demonstrar isso nada mais justo do que falar de um vicio assumido que é a música, e ainda mais falar do mestre Cartola.

Onde a tal da efeméride encontra a música que por sua vez encontra o Cartola nessa postagem?

Resposta: Hoje dia 30 de Novembro, faz 32 anos que perdemos o senhor Angenor de Oliveira.

Em 11 de Outubro de 1908 nascia Agenor de Oliveira, que desde moleque já dedilhava o cavaquinho e violão do seu pai, aos 15 anos já havia largado a escola tendo completado apenas o primário.

O nome Cartola veio do chapéu de coco que usava para trabalhar quando era servente de pedreiro.

Envolveu-se com os bambas do samba muito cedo no morro da mangueira, inclusive foi um dos fundadores da Estação Primeira de Mangueira, em 1930 já era popular como cantor e compositor. 

Na década de 40 desapareceu, chegou a ser dado como morto, sendo reencontrado em 1956 pelo jornalista Sérgio Porto, trabalhando como lavador de carros.

Voltou a cantar, gravou novos sambas, se casou com o amor da sua vida (Salve Dona Zica) e continuou a ser descoberto e adorado por mais e mais pessoas.

Eu poderia escrever diversas linhas a respeito do Cartola, pois ele é para mim o mais perto que cheguei do meu avô, que eu não conheci, e que lembro ter visto em apenas uma foto quando eu ainda era pequeno.

Até hoje associo a imagem do meu avô ao Cartola por serem parecidos, mesmo tendo como referência uma foto vista aos 10 anos de idade.

Deixo aqui algumas dicas para você conhecer mais sobre o cara.

Discografia (Oficiais)

1974 - "Cartola"
1976 - "Cartola"

DVD - Programa Ensaio 



Biografia

Relançada no ano do centenário do nascimento do Cartola.


E isso aqui só poderia acabar em samba claro.


Linda!
Te sinto mais bela
E fico na espera
Me sinto tão só
Mas!
O tempo que passa
Em dor maior
Bem maior...


Só gravou o seu primeiro disco aos 66 anos de idade, perdeu músicas pelo caminho da vida, não lembrava de muitas outras, e mesmo assim nos deixou uma obra que não toca somente no radio ou na vitrola e sim no coração.

Abraço
Jeff