domingo, 7 de maio de 2017

Amanhã.

Os passarinhos entoam canções que desconheço.
A vida me venda.
Tudo o que vejo
é mistério sem constelação.

Talvez seja esse o abismo
que invade o espaço
em que nos desencontramos.

Em que, momentaneamente
nos perdemos.

Amanhã, quem sabe
a melodia nos seja familiar.
E fácil.

Quem sabe.
Amanhã.

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