terça-feira, 29 de dezembro de 2015

o sonho acabou

Com esse título ou com palavras parecidas artigos foram muitíssimo divulgado em 2015.

E poderia ser as palavras ou título do ano, de tanto que usaram para deslegitimar qualquer esperança, obviamente da ala de esquerda.

Principalmente aquela ala que não sambou direito e disse que mudaria alguma fagulha de lugar pela vontade popular foi massacrada.

Interessante notar o erro da análise de conjuntura, como se a esquerda tivesse unida e totalmente pronta para golpear ou arrasar o sistema financeiro e projeto de sociedade atual.

O uso excessivo da palavra derrota para analisar ações dos gregos e partidos latinos que se dizem de esquerda ou disseram em algum momento registrado pela história que acessando o poder iria melhorar a vida dos trabalhadores foi estridente em todas as análises pela tevê ou jornais.

Só faltou um luminoso com luzes piscando de vermelho para evidenciar o quanto derrotaram a esquerda neste ano ou conforme nomearam os governos populistas ao reverter a tal campanha do medo.

E vendo dia a dia a insatisfação popular em centros urbanos e rurais com variadas faces da violência de estado percebo mesmo que o sonho acabou; ou seja pela fuga desesperada de refugiados por guerras, falência social e econômica percebo quem de fato é derrotado ou está derrotado.

Ou vejo ainda através de protestos, greves e auto-organização pelos quatro cantos do mundo, noto o quanto queriam que acreditássemos - que o sonho acabou - como se fosse questão de escolha.

E ainda que brigando, descordando, enfrentando e resistindo por meio de partidos, movimentos, coletivos e autonomia a ala da esquerda só cresce, mesmo que derrotada. Ou pelo menos essa é a ilusão que eu quero muito acreditar.

Que no próximo ano alguém refirme em momentos de descrença e desesperança que o sonhou acabou...

Acabou de começar...






PS: aqueles que não se veem como assassinos sociais não se ofendam com a letra;
PS 2: enquanto isso, ainda em 2015 seguimos na página 79 - RAP e Política- Editora Boitempo.
PS pela última vez: boas entradas, de novo ano.

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