quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Pharrell Williams – Arroz de Festa

Está semana eu estava assistindo a apresentação do Daft Punk no Grammy e comecei a pensar como esse cara virou o arroz das melhores festas, se liga:

Em 2003 ele esteve no Brasil e com certeza passou o rodo geral junto com Snoop Dogg nas gravações do clipe de Beautiful.



Em 2008 deve ter ganhado um vale converse por um bom tempo participando do clipe da música My Drive Thru junto com a Santagold e Julian Casablancas (Strokes) a música foi produzida pelo N.E.R.D que é a banda de quem? Do arroizão Pharrell.



Fora isso Nicki Minaj, Nelly, Justin Timberlake, o poderoso chefão (Jay-Z), Gwen Stefani (No Doubt), The Hives, Madonna, Beyoncé, Gorillaz, mas nem a Miley Cyrus ele perdoou, o moleque safado, só que não.


Pharrell já é um 40rentão, cantor, compositor, produtor, baterista, até designer de moda o fdp é, já ganhou 7 Grammy é o dono da I am OTHER (empresa de mídia que engloba música, moda e arte) é também o co-fundador das marcas Billionaire Boys Club e Ice Cream .


Em 2003 fizeram uma pesquisa com as músicas que tocavam nas rádios britânicas, 20% delas tinham o dedinho do cara, nos EUA 43% é o cara é foda mesmo, tanto que conseguiu a proeza de ser considerado o cara mais bem vestido do mundo, e ao mesmo tempo ser nerd ao ponto de colocar o nome do filho de Rocket Man (Star Trek) e ainda ser skatista tem coisa errada ai rs.


Mais foda ainda foi ele ter conseguido junto com o Daft Punk fazer a música mais Michael Jackson dos últimos tempos, proeza que nem o próprio Michael Jackson conseguiu nos seus últimos discos.


Ai vai para Grammy escala só o Stevie Wonder no ataque e da de goleada, colocando Paul, Ringo, Jay-Z, Beyoncé, Pat Smear, Steven Tyler, Jamie Foxx, Aloe Blacc e até a Yoko para dançar no baile.

Get Lucky



Abs
Jeff

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Conversa à toa sobre o começo, o meio e o fim do amor

É certo que o amor começa quase sempre pelo mesmo mecanismo perfeito, preciso, inexplicável que organiza o reencontro inesperado de dois velhos conhecidos numa cidade com seis milhões de habitantes. Do nada. Nasce com a impertinência de uma espinha no rosto da debutante, da noiva ansiosa, da madrinha solteira. No descabimento de um espirro durante o orgasmo, o amor também dá o ar de sua graça. Surge como visita inesperada, resfriado, bolada na praia, multa de trânsito, mamangava, maria-fedida, vagalume, conjuntivite, cabelo branco em adolescente, flor no asfalto, passarinho em escritório.
Sem aviso, o amor rompe a membrana tênue que separa as coisas elevadas, impossíveis, da vida corriqueira e seus acontecimentos rasteiros. Dá as caras à toa, sem mais, como alguém que vai ao mercado, o despertador que não toca, a moça que acorda com raiva, o pobre que acerta na loteria, o tombo da patinadora. Porque o amor pertence à insuspeitada categoria das coisas imprevisíveis. O amor vive no terreno do imponderável. É ali que ele respira, ali ele espera, invisível, seu tempo fortuito e incalculável de vir a ser.
Ah… o amor que adora despertar no desencontro absoluto e na coincidência escandalosa dos números inacreditáveis, na história improvável da moça que passa sete anos sozinha e, dois meses depois de engatar um namoro assim-assim, encontra um moço que viveu os mesmos sete anos casado e há dois meses — os mesmos e inacreditáveis dois meses — encerrou mais uma entre tantas tentativas de amar e ser amado. É, o amor também principia em desarranjo e escárnio divino.
Então, uma vez iniciado, o amor vive sua maior peleja: o meio. Porque difícil não é o começo e nem o fim do amor. É o meio, o que existe entre um e outro lado da história, entre a capa e a contracapa, a frente e o verso. O morno que um dia foi água pelando e no outro será gelo e indiferença. A segunda, terça, quarta e quinta feiras de todo amor.
Quando chega ao meio é que o amor se põe à prova. E só sobrevive a esse terreno esburacado e enganoso o amor dos amantes operários. O amor trabalhador. Porque é de subidas dolorosas, descidas traiçoeiras e retas sonolentas que se compõe esse meio-caminho.
Quem aprende a ficar e se manter de pé, a cair e levantar nesse território impreciso vive o amor em sua face mais primorosa. O amor parceiro de quem se sabe disposto a caminhar rumo ao inferno para estar ao lado do outro, ou na frente, ou atrás. Porque só quem sobrevive às trevas há de entrar no paraíso.
No meio do amor, é preciso perder o medo de se arrebentar inteiro no campo minado do dia a dia. Ali, os casais caminham com cuidado para não pisar em nenhuma mina, ora sabendo, ora não, que se um o fizer os dois serão atingidos na explosão, tão perto estão um do outro.
A quem supera essa fase é reservado um regalo sublime, bônus do exercício maravilhoso de amar: as lembranças. Vagas e adocicadas lembranças de longas conversas tarde da noite, ouvindo a cidade dormir lá fora. As memórias de viagens e festas, sábados de cinema, domingos de churrasco, segundas a sextas de trabalho, planos e sonhos. As reminiscências, tão sublimes quanto os instantes que as originaram. Afinal, seja qual for o tamanho do meio, um dia o amor chega ao fim.
Nesse dia, a decência dos amantes é medida pelo tamanho de seu desprendimento e de sua capacidade de engolir o pranto e dizer “adeus, seja feliz”. Porque só merece as dores e as delícias do amor aquele que um dia saiba deixar o outro ir em frente. E que aprenda a estar só novamente e a guardar a dor consigo até a dor passar, como as antigas personagens de desenho animado que engolem bananas de dinamite acesas.
No amor, que também ama a lógica, depois do começo e do meio vem o fim. Tempo em que ele se arrasta entre migalhas, restos e sobras. Como o guaraná que perde o gás, a cerveja que esquenta, a goiaba que passa do tempo e deixa a casa inteira com cheiro de quintal, é certo que o amor também acaba como começou. Do nada. Em nada, como uma estranha sombra pálida e triste, sinal agudo de que seu tempo já foi e de que é hora de seguir em frente para, tomara Deus seja logo, começar tudo de novo e de novo outra vez.
Escrito pelo incrivel Andre J Gomes 

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

O peixe

"Como poderei viver... Como poderei viver... sem a tua, sem a tua, sem a tua companhia?"
Cantiga de roda

Após onze meses de trabalho árduo e exemplar na repartição, Herculano era merecidamente recompensado com alguns dias de ócio remunerado, também chamado de pausa laboral ou, para aqueles que defendem a economia vocabular, simplesmente férias. Eram aqueles dias doces do ano em que Herculano, solteiro e sem parentes conhecidos, poderia se dedicar a atividades que realmente valem a pena nessa vida: a palavra cruzada e a calistenia. A primeira para exercitar a mente, a segunda para exercitar o corpo. Herculano buscava assim o equilíbrio perfeito que somente aqueles dias serenos poderiam proporcionar.

Neste cenário motivador, nada no mundo poderia tirar a paz daquele santo homem, nem mesmo o dindondear da campainha (a campainha de Herculano era do tipo que dindondeava) que há algum tempo acordara Herculano e o obrigara a se levantar da cama, a colocar sua pantufas (estrategicamente dispostas ao lado esquerdo de sua cama) e a se dirigir à porta da frente ainda de pijamas. 

Era Emília, a vizinha da esquerda.

As edificantes palestras motivacionais que Herculano frequentava na repartição, haviam lhe ensinado que falar de menos nunca é demais. Esta espécie de mantra pautava a atitude de Herculano com relação aos seus vizinhos. Era um aceno discreto aqui, uma troca de trivialidades ali e nada mais comprometedor que isso. Com Emília não era diferente, daí o espanto de Herculano quando a viu diante de sua porta, logo no dia inaugural de seu mês sabático e, ainda por cima, antes mesmo de sua primeira sessão diária de calistenia.

A intempestividade do momento fizera com que Herculano demorasse a reparar que Emília carregava nas mãos, com um cuidado digno de nota, nada menos pitoresco que um aquário. Em seu interior, cumprindo bem o papel para o qual fora destinado, nadava tranquilamente um reluzente peixe beta. Imponente, de olhar altivo, o pequeno animal inspirava respeito. Por alguns segundos, hipnotizado que estava, Herculano nem percebera que sua vizinha já estava justificando o motivo de sua madrugadora visita. Uma viagem inesperada, coisa de família, que exigia que Emília se ausentasse de casa por uma semana. O peixe teria que ficar. Não tinha como ser transportado. 

- Herculano, meu bom vizinho, tome conta do animal para mim. Será uma viagem rápida, não deve passar de 7 dias. Sim?

O peixe, que a essa altura já devia desconfiar que falavam dele, continuava tremeluzindo sua cauda e a olhar fixamente na direção de Herculano. Tanto charme não poderia resultar em outro desfecho: o homem fora fisgado. Herculano que jamais fora dado a animais e que o contato mais próximo que já tivera com um peixe fora em um rodízio de comida japonesa, não se rendeu ao espírito superior do pequeno animal e resolveu aceitar o desafio de ser o seu tutor pelos próximos dias. Não seria isso que atrapalharia sua busca pelo equilíbrio áureo entre o corpo e a mente. 

- Fique tranquila. Ficarei com o peixe.

- Deus lhe recompensará, homem bom e justo - disse isso e lhe entregou um curioso objeto juntamente com o aquário. Um pequeno recipiente de acrílico contendo minúsculos grânulos de coloração ligeiramente avermelhada.

- O que faço com isso? - perguntou um desavisado Herculano que até então havia considerado cuidar do peixe como quem considera cuidar de um taco de beisebol. Ainda não havia lhe ocorrido que um peixe exige mais cuidados que uma boa porção de água fria. Um peixe, assim como ele, tinha necessidades fisiológicas complexas, para as quais todo cuidado de Herculano seria pouco.

- É para dar de comer ao peixe, homem. Para quê mais serviria? - Emília era do tipo de gente que não tolerava certas perguntas - Você deverá alimentar o peixe com 8 dessas bolinhas por dia, senão ele morre como os outros.

- Outros?

- Sim, os outros peixes. Já tive outros peixes e já fiz outras viagens. Até agora nenhum sobreviveu. Mas a culpa foi minha que confiei nos outros vizinhos. São todos uns pulhas, que não sabem cuidar nem de si próprios. O senhor não parece ser como eles. O senhor ao menos tem um emprego, ao que me parece não fuma, não bebe e tem hábitos noturnos razoavelmente silenciosos. Uma grande sorte a minha encontrá-lo livre em casa por estes dias. Minha e do peixe.

- Senhora, creio que exageras. Nunca lidei com um peixe antes, não seria mais conveniente...

- ...tenho que ir agora, homem. Não seja parvo como os outros e cuide bem do peixe. Lembre-se bem: oito bolinhas destas são suficientes. Com 7 o bicho morre de fome, com 9 seu corpo não aguenta. São 8, nenhuma a mais, nenhuma a menos. Alimente-o sempre pela manhã. Conto com o senhor! Obrigada e passar bem!

E passou.

Deixou um Herculano ainda sem reação ante uma porta semi aberta.

Se havia uma coisa nessa vida que tirava o pacato Herculano da equilibrada tranquilidade a que estava acostumado, era quando o desafiavam para alguma coisa. Herculano era o tipo de homem que podemos chamar de competitivo, a quem lhe satisfazia a mera sensação de ter conseguido, de ter atingido algo que não era esperado que conseguisse. Emília, que aquela altura já devia estar longe, não tinha ideia do efeito que suas palavras tinham surtido no espírito de Herculano. Ele estava resoluto: aquele peixe estaria vivo ao final dos 7 dias, afinal, nunca dera e jamais daria motivo para lhes chamarem de parvo ou de pulha, ainda que não soubesse exatamente o que aquelas palavras significassem.

Arrumou um bom lugar para alocar o aquário: a mesa de centro da sala. Daquele sitio, Herculano poderia avistar o animal de onde estivesse, já que sua casa não era algo que se pudesse chamar de grande, uma vez que morava sozinho e quase nunca recebia visitas.

No começo foi estranho. Herculano tratou logo de botar sua poltrona defronte ao aquário e se pôs a observar o peixe, a estudá-lo com uma curiosidade infantil. Ele sempre se achou um homem com uma rotina rígida, já que seu emprego na repartição não lhe rendia grandes emoções, mas nada que se comparasse a este peixe, cuja vida era um eterno nadar.

O que teriam feito de errado os outros vizinhos? Qual o erro que Herculano não deveria cometer? Decidira que, custasse o que custasse, não deixaria que nada tirasse a vida do pequeno animal. Não sairia de casa naquela semana. Vigiaria o eterno tremeluzir do peixe no interior do pequeno aquário. Faria suas refeições na poltrona mesmo, para não ter que ficar muito tempo longe. A calistenia seria feita por ali mesmo, defronte ao animal, para lhe entreter com algo. Abriria mão das palavras cruzadas para que não houvessem distrações desnecessárias.

Não atenderia a campainha. Não ouviria o noticiário. Não tomaria banho.

Nada disso faria, mas tampouco o chamariam de parvo. Parvos eram os outros, aqueles pulhas! Mas que diabos queria dizer isso? Não procuraria no dicionário. Tinha algo mais importante e urgente com que se preocupar: o peixe. Tinha um nome a zelar: Herculano Barbosa Peixoto!

E assim se fez. Herculano que não costumava fugir dos combinados que fazia consigo mesmo, tratou de fazer tudo o que planejara para não se desgrudar do peixe. O momento de maior tensão, não havia dúvida, era na hora de alimentar o animal. "nada mais, nada menos que 8 bolinhas", Emília havia sido categórica. Herculano dispunha os pequenos grãos de alimento por cima da mesa, com a ponta da língua pra fora, despejava um a um no aquário. "Um"... e o peixe abocanhava o grão, "dois", "três", "quatro", "cinco", "seis", "sete"... "oito". Nenhuma a mais e nenhuma a menos.

Aos poucos foi se acostumando. Parecia que sua vida enfim tinha ganhado uma missão, algo pela qual realmente valia a pena lutar. Devia ser aquilo que chamavam de sentido, de propósito, de missão. Herculano descobrira, enfim, que nascera para zelar por aquele peixe. Estava amalgamado a ele.

Lá pelo quinto dia passou a não dormir mais. Passava a noite toda admirando o peixe. Adorando-o. Ele, que nunca fora religioso, agora rendia graças ao animal, graças por sua nobreza, por sua magnanimidade, por sua santidade.

No sexto dia tivera um surto ao pensar que faltava tão pouco. No dia seguinte a vizinha retornaria e sua missão haveria sido cumprida. Seu nome estaria honrado e não lhe chamariam de nomes cujo os quais já não se lembrava quais eram, mas que não lhe soavam nada bem. Mas o que fazer agora que já não vivia, senão pelo peixe? Não conseguia pensar.... Quem não come, não raciocina e comer era algo que já não fazia.

(...)

O dia seguinte amanhecera cinza. A água caia torrencialmente e tornava mais difícil a chegada dos ônibus no terminal rodoviário. De um dos primeiros ônibus descia Emília com uma pesada mala de mão. Estava cansada da tumultuada semana que tivera. Detestava viajar às pressas, sobretudo quando o assunto era tão desagradável como fora aquele. Em alguns minutos já estava dentro do táxi que a levaria para sua casa. De repente, se lembrou do peixe. Fazia uma semana que não se lembrava do pobre animal. O pobre do vizinho parecia ter acreditado naquela história de que todos os seus peixes haviam morrido na mão dos outros vizinhos. Dizia isso pra todos para impressioná-los e ver se tomavam mais cuidado.

Pediu ao táxi que parasse na porta do vizinho. Queria resolver a questão do peixe e voltar logo para casa. A chuva diminuíra um pouco, mas o guarda-chuva ainda se fazia necessário. Tocou a campainha que, como sempre, dindondeou. Ninguém atendeu. O vizinho devia ser mais um parvo daqueles a que ela já estava habituada e devia estar em algum canto com alguma rapariga. Não ficaria ali plantada feito uma toupeira velha e ainda por cima, na chuva. Voltaria mais tarde.

(...)

Se Emília fosse um pouco mais perspicaz, perceberia que a porta estava aberta. Se tivesse dispensado cerimônias e entrado, teria visto uma sala de estar empoeirada onde repousava uma mesa de centro não menos empoeirada. Se Emília desse alguns passos e reparasse bem, poderia ver parado, pálido, de boca aberta e olhos esbugalhados, um homem morto com um frasco de acrílico completamente vazio pendendo em uma das mãos. Se Emília se inclinasse e mirasse em direção ao aquário, veria um peixe completamente alheio ao mundo ao seu redor, fazendo aquilo que melhor sabia fazer: nadar e somente nadar, já que era um peixe e nada mais que um peixe. Agora, se Emília tivesse o improvável dom de ler pensamentos de pessoas mortas, veria que Herculano morrera em estado de graça: o peixe sobrevivera os 7 dias, graças aos seus zelosos cuidados. Ele mantinha-se honrado. Não era um parvo. Não era um pulha. E jamais iria se separar do peixe.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Aooooow, Brasil!

Tô aqui na rádio, quando decido entrar no blog pra ver o post de hoje, e eis a surpresa:

MEU DEUS! JÁ É DIA 20!

Confesso que mês passado, quando fui lembrar do blog, já havia passado uma semana desde o dia 21.

Ainda bem que havia programado o post dias antes!

Talvez eu tenha esquecido por que, no dia 20 do mês passado, fui assaltado num dos trampos que tenho.
Coisa de filme mesmo.
Caras com toucas-ninja e tudo! Com armas e tudo o mais!
Com direito até a sermos (eu, outros funcionários e clientes) trancados no banheiro.

By the way, graças a Deus aqueles caras resolveram não nos machucar seriamente.
Ficou o susto mesmo.

Mas foi tenso pra caramba.

É a segunda vez pela qual passo por isso.
Queria nunca mais passar, mas sacuméquié o mundo, né?

Você sai pra trabalhar e deixa lá na casa uma mãe/esposa e/ou alguém ou ninguém te esperando e rezando para que você volte inteiro ao final do dia.

Assim caminha a humanidade.

Pra encerrar esse post que inaugura minha participação nesse corrente ano, comento que chego a achar "engraçado" quando políticos fazem e acontecem, nas piores situações possíveis, e ainda lançam sites para arrecadar grana pra pagar vossas respectivas multas.

CLARO: Cada um sabe o quê fazer com o próprio dinheiro!

Só quis comentar mesmo!

Não lembro se já postei essa música que deixo pra vocês curtirem hoje, aqui nesse blog.
E sinceramente, com a coragem que estou, não vou pesquisar.
Quem gosta, ouve de novo. Quem não, é só não dar o Play!

Dedico à todos(as) que, de certa maneira, se dão bem às custas dos outros.

Feliz ano novo!


segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Mais cabeças vão rolar?

Aconteceu no nordeste. As cabeças foram cortadas. Não bastou matar. Utilizaram da barbárie que só os seres humanos são capazes para chocar e tentar deixar claro quem é que manda. A população ficou dividida. Por um lado são bandidos, e sabe-se lá os horrores que cometeram até serem pegos, por outro um corpo degolado não deve ser encarado com naturalidade.

Até o fim do ano passado poderíamos nos confortar com o fato disso ter acontecido há 75 anos, afinal, relato o assassinato de Lampião e seu grupo por policiais sergipanos em 1938.

Lampião consumia coisas caras e a sociedade repudia criminosos pobres consumindo o que sempre foi da casa grande, por isso Roseana Sarney compra lagostas no Maranhão, enquanto os presos comem arroz e frango crus. Causou indignação pelo contexto, mas tanto as cadeias quanto as lagostas são cotidianas Brasil a fora e a decapitação tem origens históricas.

Quando é o estado quem mata, somos acostumados a aceitar. Desde o descobrimento o mesmo argumento é martelado em nossas cabeças: não importa se era trabalho escravo, se o negro fugiu deve ser castigado até a morte; não importa as condições precárias em que vivia, se protestou deve ser castigado até a morte; não importa se  o governo é uma ditadura militar ilegítima, se descumpriu uma ordem deve ser castigado até a morte.

Desta forma a sociedade se habituou a ignorar as causas de um delito, por vezes ignorar até qual foi o delito, e desejar o mais medieval dos tratamentos para quem quer que tenha caído nas mãos da polícia – como se esta fosse uma instituição minimamente idônea.

Chega a ser assustador o discurso de quem defende abertamente a barbárie contra presos, criando argumentos falsos de que cada presidiário recebe mais do que um salário para ficar encarcerado ou que tem mordomias na prisão. Essa crença cai por terra com as recentes notícias sobre o presídio de Pedrinhas, no Maranhão. Este presídio não é uma exceção. Com alguns agravantes, aquelas condições são as vigentes em praticamente todas as cadeias brasileiras.

Dissociar a violência do estado – que por definição tem o monopólio legítimo da violência, mas não deve utilizá-la sem limites ou de modo arbitrário – e a violência da sociedade civil esbarra em certos limites. Não se trata de privilégios ou impunidade aos criminosos, sequer de complacência em detrimento de suas vítimas. Quem errou deve, sim, ser punido.

O problema é que os vários caminhos entre a impunidade e a barbárie costumam ser ignorados. O estado brasileiro pune arbitrariamente e mal há séculos, sendo que a tolerância à violência não faz distinções, ou seja, que se acostuma com a barbárie por parte do estado torna-se menos sensível à violência.

Talvez seja mais fácil observar o problema à distância: estados ditatoriais, que impõem o poder através do medo, enfrentam em contrapartida grupos igualmente violentos – fenômeno facilmente verificado no Oriente Médio. No outro extremo, a polícia da Islândia registrou recentemente a primeira vítima de sua história, com o diretor da corporação pedindo desculpas e lamentando o ocorrido.

É evidente que uma sociedade violenta demanda maior rigor do estado, porém esta é uma via de mão dupla. Um estado capaz de degolar cidadãos acaba servindo de exemplo e terá que lidar com uma resposta, que pode chegar 75 anos mais tarde.


sábado, 18 de janeiro de 2014

GIZAMUNDO (meu primeiro livro em português)

Gizamundo foi publicado em 2013 pela Editora Peirópolis, numa parceira com o Projeto Quixote. A partir de uma entrevista, os tres autores (um poeta, um grafiteiro e eu) fomos traçando a forma de este livro, que foi concebido como um mapa atemporal de acontecimentos e conta com uma parte em prosa (minha parte) e outra em poesia. O processo criativo, contou com vários encontros, muita liberdade criativa e até uma performance com público para testar os personagens. 

I

Giza sai de sua casa às pressas. Pega seu cachecol-raposa e os livros da escola. Corre até o ponto e chega junto com a lotação, sentido centro. Passa o bilhete e gira a catraca. Nos fones de ouvido, entre bandas estrangeiras e sertanejo universitário, ela segue alguma letra, arrisca e canta. Quem diria que seu apego por sapatos a levaria até uma loja do Brás? Depois de carregar caixas e limpar o chão, vai ao banheiro, põe um pouco de rímel e coloca o avental de vendedora. Tem vezes que é bom e vezes que não a tratam bem. Mas ela gosta é de ver todos os modelos de calçado, sentir as texturas, perceber os saltos, olhar os desenhos. “Coisa de menina, viu”, falou o seu cachecol-raposa, e Giza prendendo com a mão o focinho dela: “Foxy, vão te escutar”. Voltava só o pó para casa, dormindo até o ponto final. A rua estava silenciosa, pelo horário, a novela estava para acabar. Na frente dela, só sua sombra caminhava. E Giza lhe sorriu.

II

No dia em que Giza se demitiu da lojinha de sapatos, uma nova alegria colocou-se entre seus lábios. Havia trabalhado aos finais de semana e de tarde. Tinha acreditado nos cursos. Inacreditável era não ter abandonado a escola nem as festas dos colegas de sala. Quando pela primeira vez olhou pelas imensas janelas da empresa e viu a cidade aos seus pés, não sentiu medo. “Eu mereço isto.” Era sua vontade, importante somente para ela, em silêncio, solitariamente, seu novo despertar. Era o começo do seu futuro, e Giza o segurava com consciência, como se soubesse que cada sonho seu poderia se tornar real.

III

Nuvens apareceram sobre os prédios e fizeram sombra nos vidros foscos, escurecendo a cidade. Pingou nas janelas. Uma vez, duas, várias vezes. Um relâmpago silencioso iluminou o rosto nervosíssimo, fechado de Giza. Ninguém ao seu redor preocupava-se com a chuva, e ouviu até uma colega dizer “ainda bem que é agora, e não no final de semana!”. Enviou uma mensagem para a mãe e não recebeu resposta. Todo verão era igual: chuva caindo, rio transbordando, enchente subindo, casa alagando. Dessa trágica poesia já conhecia cada verso. “Hoje teremos uma péssima noite, amiga”, lhe disse Foxy, enquanto Giza trocava sapatos por chinelos antes de sair do prédio onde trabalhava.







IV

Depois de um dia inteirinho no trampo, os pés doem, a cabeça dói. O mundo ao redor a cumprimenta entre balas, salgadinhos e tevê. Faz tempo que Giza não conversa com suas amigas. Perdeu o gosto ou não sabe mais do que falar? As meninas lhe fecham o passo perto da esquina (um funk cru e nu sai de um celular). “Ei, Giza, não gosta mais de mim não?”, pergunta-lhe Carol, mexendo a boca no ritmo do chiclete sabor tutti-frutti. Mas Giza não teme mais seu passado, não treme mais diante da dor. “Minha mãe tá doente, hoje cuido dos meus irmãos”, e se solta da mão quente, úmida da Carol. A sinceridade lhe abre o caminho. Será que tem remédio para a solidão?
 
V

Chegando  em casa (e sabendo que o bairro não tinha alagado desta vez), a sua práxis é tirar os sapatos e colocá-los no alto, a salvo da enchente. Sua mãe, novamente, não teria feito comida nem passado as roupas. Seus irmãos não queriam tomar banho. Assim era sua rotina após o expediente, ainda que lhe parecesse que não a aguentaria e nem que a merecesse. “Mãe, assim não consigo, entende?”, gritou sentada na mesa comendo um miojo, “Ou eu faço o meu trabalho direito ou eles me demitem”. O silêncio só foi quebrado pelo barulho da porta do quarto sendo fechada com raiva. Sozinha na cama, Giza se promete fazer todo o possível para sair daquele lugar. Queria ter seu armarinho só para sapatos. Queria colecionar cadarços coloridos, brilhantes, diferentes. Queria, enfim, uma família feliz. Queria, por que não, um amor.

VI

Entre as preocupações de casa e as ocupações da empresa, à Giza pouco restava de tempo. “Seria isso a vida - dividida em dois - sempre uma encrenca?”, pensou. Era a casa, as coisas da escola e do curso, os irmãos, a maldita louça, os sapatos pendurados (se a enchente chegasse...). No escritório era o chefe, a pressão dos compromissos, as reuniões, tudo direitinho e arrumado. Estaria satisfeita? Ouviu dizer que poderia ser efetivada e não escondeu sua alegria da família. “Oh, gente, por vocês e por mim, que eu não vou largar o meu trabalho.” Daí para frente, sua mãe não telefonaria mais para ela durante o serviço e teria que fazer almoço para seus irmãos. Era tudo ou nada. E seria tudo. Tudo. TUDO.


VII

No inverno e no verão, a Foxy vinha pendurada no pescoço de Giza. Ela parecia uma rainha com aquele cachecol-bicho dando ideia para o bem ou para o mal. Usava-o no busão, usava-o no metrô. Levava-o na empresa e tudo mundo por lá a elogiava. Quando antes se viu um cachecol que fala? Ainda menos um que sabe o que Giza pensa e o que ela deve fazer? Foxy era só conflito, confronto, contradição. “Me larga de uma vez”, gritou Giza na frente de dois estagiários e um supervisor, cansada de toda aquela confusão. Aquela noite Giza, por fim, pendurou Foxy num cabide no fundo escuro de seu armário.
 
VIII

Todo dia, cada mês, durante o ano inteiro aquele emprego poderia parecer muito. Papelada, prazos, prezados colegas e o cafezinho. Era um bom salário, certo? Seria aquilo uma futura profissão? “Não, não é muito, isto é meu sonho”, disse Giza para a imagem dela mesma no espelho do banheiro enquanto acertava a maquiagem. Giza viu seu sonho crescer infinito. Se ela quisesse, algum dia, chegaria ser gerente de uma loja de sapatos, ou dona de uma franquia, e por que não designer de seus próprios modelos? “Será que é assim que fala disainer?” Era isso, correr atrás de uma faculdade. Acreditar mais nos seus desenhos e virar artista. Ser uma boa mãe, isso era indispensável. Giza viajava naquilo quando derrubou o café na frente da supervisora, que, apesar da bagunça, não a olhou feio.

IX

A vida, na simplicidade, era mais bela. Acordar cedíssimo para ficar gatinha. Comia sucrilhos olhando para seus irmãos que ainda dormiam. Que inveja boa sentia daquela ingenuidade toda. Sua mãe tinha seu jeito, nem adiantava querer mudá-la. Na lotação Giza cumprimentava o motorista, dava bom dia à cobradora, era com certeza a única que sorria. O centro da cidade era mais limpinho, cheio de árvores, tudo bacana. Uma súbita alegria surgia no elevador quando as pessoas a cumprimentavam, era um respeito que antes desconhecia. Daí um dia Marquinhos, outro aprendiz, veio falar com ela, ficou nervosa. “Vamos fazer alguma coisa depois das 18h?” Então ela fez aquele gesto, depois conversamos, e se despediu. Ainda olhou para trás e descobriu, surpresa ou susto, que Marquinhos a olhava, “quem diria, Giza?”, apaixonado.

X

“Acho que cresci muito cedo.” Era bom ficar sem maquiagem, achar seu verdadeiro rosto debaixo das cores. Seu sorriso era mais esticado, quase perfeito. Sua mãe a beijou na testa, deu a benção, e pouco na vida a fez tão feliz. A primeira vez que Marquinhos veio pegá-la em casa foi o maior auê entre os irmãos. Era uma sorte que ele também torcesse pelo seu time, se não seu pai jamais permitiria que ele entrasse em casa. Lembrou-se daquele homem como quem se lembra de um sonho, esquecendo-o. Ela brilhava naquele momento e nada a deixaria triste. Esticando os braços, chamou seus irmãos - parecia ensaio de teatro. Quando eles colaram nas mãos de Giza, marchando, levantando os joelhos, acompanhando a irmã até a mão do Marquinhos, que de pé na porta nem acreditava no que estava vendo.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

A toada não é à toa

Do          eu
Re          vi
Mi          ei
Fa           li
Sol          tei
La           ti
Si            ne          qua        non

Condição para bem se suceder é se ferrar um bocado. Pra cantar claro é preciso anoitecer. Beleza e tristeza combinam, já dizia a música da receita. Samba, nego. Que de faixa em faixa a gente um dia pega a preta. Tem que ter cadência, senão não vale a rima. Senão der, canta um choro. E reza. Canta a capella. Acorda pra vida, que toda hora é um acorde. Trilhar é duro. E nessa trilha tem dueto, tem nós dois em uníssono. E nessa quadrilha de dois em roda tem riso largo, pra fechar o compasso.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Eu sei, mas não devia


Eu sei que você, seu merda, que condena os "rolezinhos" vai para Miami sacolar e comprar tudo aquilo que não precisa só para ter o prazer de exercitar a Lei do Gérson, eu sei, mas não devia. Eu sei que você foi criado numa casa cristã e morre de culpa ao afirmar que gosta de Polanski e Woody Allen, pois sabe que ambos são estupradores, eu sei, mas não devia. Eu sei que você casou, apenas para não ficar para trás da competição idiota com seus amigos e detesta a sua desperate housewife que toda semana busca o conforto de uma cama seja de motel ou de um puteiro, eu sei, mas não devia. Eu sei que você torce para o Félix e quando indagado, disfarça, afirmando que novela é o novo ópio do povo, eu sei, mas não devia. Eu sei que odeio vocês, mas não devia.














quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Pano-Cru




Nos últimos dias tenho refletido muito sobre as pessoas pano-cru. Não sei se é uma onda de panocruzisse que invadiu o planeta terra ou se sou eu quem tem atraído esse tipo de gente, mas tenho percebido um número cada vez maior de pessoas que baseiam suas atitudes em deixar a vida alheia miserável.

Para os pano-crus, facilitar a vida dos outros é algo incogitável. Tão incogitável que eu desconfio que esse surto panocruzístico não seja coincidência. Eu acho que eles mantém um placar para ver quem consegue atrapalhar mais a harmonia do mundo. E o prêmio para o maior pontuador deve ser algo equivalente à fortuna do Bill Gates, pois nunca vi tanto esforço e adesão à causa. 

Só a luta por uma fortuna bilionária justificaria alguém optar por ser um espalha-rodas solitário e ter seu nome usado como sinônimo de atitudes babacas (atitudes essas que quase nunca têm um propósito definido). Conheço um pano-cru, por exemplo, que esconde documentos importantes no trabalho só para ver os colegas procurando. Não é sadismo, minha gente. Só pode estar rolando grana alta nessa história!

É por isso que eu vou deixar aqui um conselho: da próxima vez que alguém for pano-cru com você, não demonstre raiva ou qualquer sentimento forte. Ignore e continue sua vida. Desta forma, você não dá créditos para ele ter chances de um dia acenar ironicamente para você na rua, enquanto dirige a Lamborghini conversível que ele adquiriu com o prêmio que você o ajudou a conquistar.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Procura-se o brilho nos olhos

Ele havia procurado por toda parte. Debaixo da cama. Dentro da geladeira. Não estava lá. Em cima do aparelho de som. Dentro da caixa de sapato. Não estava lá. Na caixa de correspondências. Atrás da mesa do computador. Na areia dos gatos. Não estava lá. Chegou a olhar se havia caído na privada. Tirou todas as roupas do armário. Abriu e fechou todas as gavetas. Não estava em parte alguma.

Havia perdido o brilho nos olhos e já não via sentido na vida. Olhava os noticiários, tentava ler um livro, mas nada comunicava. O céu permanecia azul, mas ele não entendia por que os pássaros voavam. As pessoas subiam e desciam dos ônibus, ele ficava debruçado na janela do 8 andar, via tudo e só se perguntava “para quê?” .

Ele procurava nas meia e nos sapatos. Ele procurava no elevador. Ele procurava na mesa do bar. Não estava .

Havia decidido fazer uma denúncia. Colocar cartazes nos postes. Anunciar em todas as estações de rádio: “procura-se o brilho do olhar”. Desistiu, afinal, quem entenderia?

Passou a vida assim a procurar. A lembrança era o que o conduzia. A busca era uma obsessão e o seu único objetivo.

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É isso aí! Primeira postagem do ano. Quero desejar a tod@s um 2014 pra lá de maravilhoso (ia dizer "bom", mas "bom" parece tão pouquinho).

domingo, 12 de janeiro de 2014

Sem explicação

Dias desses tomei uma decisão e comentei com uma pessoa, que logo me pediu uma explicação sobre isso. Pela primeira vez, talvez desde que tenho cinco anos, não soube o que dizer, não soube o que explicar, simplesmente porque estou começando a aceitar que nem tudo na vida tem explicação e nem todas minhas atitudes eu posso entender ou visualizar o futuro ou consequências delas.

É simples, tomei a decisão e ponto. E por que fiz isso? Não tenho a menor ideia, acordei e pensei, tal situação não tem mais a  ver comigo, adoraria explicar o porquê, até porque isso me faria bem, poderia ser um consolo para a alma, mas não sei o que me levou a essa decisão.

Nunca na minha vida fiz uma coisa dessas, de sair sem entender meus motivos ou carregar correntes depois. Aconteceu alguma coisa no mundo e apenas segui a minha vontade, perdi a pilha, o amor, não quis mais saber daquela situação.
E me dizem que tem gente que vai sofrer com a minha decisão. Ora, eu já sofri com decisões alheias que me envolviam e ninguém se importou e mesmo com a dor eu sai viva, o que me garante que ninguém vai morrer com a minha decisão.

A vida deve ser assim, não sei, estou aprendendo, chegamos a um ponto que podemos aceitar sair de situações  mesmo que não tenha uma explicação ou motivo lógico para isso. Pessoas mudam, tudo muda e explicações sempre sobram.
Para mim é a primeira vez que saio de uma coisa sem olhar para trás nem sofrer e não tenho a remota ideia de porque estou fazendo o que estou fazendo.
Acordei com uma sensação simples e direta, tal coisa não me faz mais feliz, então vou dar um giro nisso e pronto. Acabou, sem conversas longas nem choro.

E logo alguém me disse- Você vai se arrepender de ser tão impulsiva!

Eu me pergunto, será mesmo? Alguém se arrepende de não continuar mais em uma situação que não funciona?

Mas era amor! Era e dos profundos, mas acabou e não foi pela minha vontade, alguma coisa mudou na madrugada e chegou ao fim. Não foi minha decisão, semanas atrás eu estava jurando amor eterno e garantindo que era meu único motivo para respirar, mas o ar mudou e não preciso mais disso para sentir meus pulmões cheios.

Mesmo que eu tente, não tenho explicações, acordei assim. E já se passaram dias e noites depois dessa decisão e não me arrependo, lembro com saudades de vez em quando, mas o sentimento que mais chega ao meu coração é de alívio.

Demorei para entender, mas a vida é feita de decisões que terminam e começam cada segundo e nem todas dependem da nossa vontade, às vezes elas apenas acontecem. Aconteceu no meu caso e a vida segue. Nem caminhei muito ainda, mas posso olhar pra trás e ainda ter orgulho do que vivi, conheci e construí com esse amor. Mas amores são assim, a gente pensa que é para sempre, mas estão aqui apenas para libertar. E liberdade não precisa de explicação, ela precisa de asas.

domingo, 5 de janeiro de 2014

BARMAN

Fazer uma sangria com os poemas vermelhos para não deixar o coração sangrar.

(c.c)

sábado, 4 de janeiro de 2014

Determinação.

Eu estava determinado a escrever sobre o Anderson Silva. Sobre aquilo que nos quebra dentro e fora. Sobre os fins que deixam a gente sem nada. Sem a gente mesmo. Até que a gente se reencontre.
Aí... Eu vi essa imagem. E comecei a fazer.
Determino olhar o lado bom das coisas.

Para o lado ruim, dinamite.


quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Adeus 2013

Good times, for a change
See, the luck I've had
Can make a good man
Turn bad ...

Adeus 2013, preciso ir, fazer tudo diferente outra vez, errar o quanto for preciso para que eu aprenda da minha maneira.

Ser feliz nem é a minha prioridade, quero apenas ter certeza que estou vivendo e aproveitando a vida, e que posso mudar tudo aquilo que não me faz bem.




Um ótimo 2014 para todos vocês

Abs

Jeff



quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

os artistas mais ouvidos em 2013

obviamente me esqueci da tarefa de postar no dia primeiro. desta vez não por conta do fim do mestrado que se aproxima, mas porque eu não quis programar nenhum post antes do dia e obviamente não estava no clima de escrever do dia 31 para 1 nem no 1 inteiro por motivos de: embriaguez. 

aliás, meu analista disse que eu coloco sempre a culpa no mestrado. se eu não saí do emprego é por conta do mestrado, se eu não mudei de campinas é porque ainda estou no mestrado, se eu não terminei o namoro antes, foi por conta do mestrado, enfim, tenho usado o mestrado para a procrastinação eterna de várias coisas atrasadas em minha vida. 

o pior que tive que concordar com ele.

bom, a fim de evitar um texto prolixo, estava aqui pensando nas músicas que mais ouvi em 2013 e pensando nos momentos em que cada artista esteve presente em minha vida durante o ano. ainda não analisei detalhadamente cada momento, mas deu pra perceber muita coisa. então enquanto eu tento lembrar, você pode saber quais foram meus artistas mais escutados, segundo a last.fm, e depois a gente volta a conversar. feliz 2014!