terça-feira, 29 de outubro de 2013

A puta que pariu

partiu (para o estágio com gripe, nariz entupido, calafrio; para alesp às 16:00 e câmara às 19:00) volta já.

a puta não contava com tanto em um dia.
a puta não não vê outra imagem se não a cabeça baixa, o olhar para o nada e ninguém.
a puta não sentiu as mãos ao vê-la passar uma na outra, segurando a perda, o coração talvez.
a puta não conseguiu verter uma lágrima, em respeito a dor dela.
a puta se sentiu impotente diante do relato do pai.
a puta abraçou sua covardia quando ouviu a dor gritar no silêncio dela.
a puta não é de se comover, exceto quando se trata do amor, materno.
a puta abortou o assunto em respeito a senhora que enterrou o filho de 17 anos.
se justificado no acidente, excesso no treinamento contra o terrorismo, fatalidade ou reação involuntária (sentença na forma de justiça) pelo agente do estado, vos lembro que esta senhora elencou a palavra correta para o caso do filho: assassinato. 

no entanto, a puta que vos escreve acrescenta que independente do cidadão ser legal ou ilegal mediante a hipócrita sociedade deste país parido por qualquer puta da estória, agente do estado treinado para ter alvo e mira, optar em acertar: abdômen, coração, cabeça e costas (para atingir região abdominal) de suspeito também é assassinato.

sem mais, em solidariedade sem qualquer pressão popular (para isto também elenco oportunismo e ibope para o voto em 2014 senhora presidenta se comparado ao coronel), sentimentos a família sem qualquer intenção, oração para o consolo sem recompensa e gratidão pela presença na ínfima força, dona Rosana.

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