segunda-feira, 13 de junho de 2011

Cotidiano Apocalíptico

Postado por Fernando Bonfim

No primeiro instante, ao fazer um exercício cerebral para escrever e divagar sobre fim do mundo, me veio à mente vários fins do mundo cotidiano que alguns já escreveram aqui. O fim do mês para um salário curto, o término de um relacionamento, o orgasmo mais frenético com a pessoa (ou as pessoas) que te dá mais tesão na face da terra, a demissão de um bom trabalho; enfim, todos os modos que nos desligamos desse mundo com a sensação derradeira de fim diário.

Até para aquele senhor que é pregador evangélico, o mesmo que afirmou que o mundo acabaria no dia 21 de maio deste ano sentiu o peso de uma segunda-feira 13. Ele foi vítima de um AVC e está hospitalizado nos EUA.

Seja com data marcada ou não, seja previsto por Nostradamus, incas, maias, astecas, constatado nas evidências bíblicas, provado por Stephen Hawking, lido na borra do café ou vislumbrado numa nota de um dólar dobrada no formato de origami do cão chupando limão...o mundo acaba todo dia, pra todo mundo de formas diferentes.

De forma coletiva o mundo também acaba ou então dá indícios claros de que estamos à beira de um fim próximo. Indícios esses, esfregados nas nossas caras todas as vezes que ligamos a TV, lemos os jornais ou consultamos qualquer site de notícias. Tais como:

  • Político ganhou proporcionalmente mais que Al capone . Ele embolsou R$ 20 milhões em dois meses, contra US$ 60 milhões do mafioso em 13 anos.
  • Brasil cresce, mas ainda é o país das desigualdades
  • Chinês vende um rim pra comprar um Ipad2
  • Trabalhamos 5 meses para pagar impostos;
  • Geisy Arruda vira atriz;
  • Programa da Sônia Abrão ganha helicóptero para exibir crimes do céu;
  • Susana Vieira vira cantora;
  • Mulheres fruta viram (sub) celebridades;
  • (acrescente aqui a sua lista pessoal)

Fica a pergunta sobre o fim deste mundo, que talvez até os mais céticos responderiam de maneira afirmativa e minha avó resumiria a situação com um alto e sonoro – “É o fim dos tempos mesmo”.

3 comentários:

  1. Todos os dias nos deparamos com o fim para enfrentar um novo começo. E é nesse ritmo quase mazoquista que vivemos as nossas vidas. E nesse vai e vem somos protagonistas diários das vitórias e derrotas... Gostei do texto, Nando! Beijo.

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  2. Então, o fim do mundo é todo dia. Upa, lelê!

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  3. Rachei de rir! kkkkkkkkkkkk

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