domingo, 30 de maio de 2010

Mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira

– Quem quer dinheiro?

O bordão é o mesmo de sempre, mas quem o repete para as colegas de trabalho é Danilo Gentili. Após o infarto fatal que Silvio Santos sofreu durante uma empolgada sessão de Roletrando com a esposa, o ex-CQC foi contratado para comandar o Topa tudo por dinheiro.

Estamos em 2020 e o novo queridinho do SBT será entrevistado na segunda-feira por Emílio Surita. Ele também trocou de emissora e agora ocupa o sofá branco que pertenceu a Hebe Camargo. Contra a vontade, a coruscante apresentadora encontra-se exilada em um asilo para nudistas em Cap d'Agde, na França. Usando apenas peças de sua coleção de jóias, ela diverte-se ao misturar Viagra nas jarras de sucos. “Que gracinha!”, brada ao perceber os resultados da travessura.

Retrocedemos pouco mais de quatro décadas e Fausto Silva recebe o Legião Urbana no palco do Teatro Záccaro, na Bela Vista, centro de São Paulo. A platéia delira com o calor e vibra com a atmosfera descontraída do ambiente. Bandas conhecidas e anônimas são recebidas com piadinhas – juro por Woody Allen – engraçadas do apresentador. Saudades dos anos 80.

De repórter a apresentador do Balancê, programa de rádio de sucesso que chegou a ser transmitido com auditório, logo Fausto Silva recebeu convite para levar seu humor escrachado para a TV. A ex-telefonista da Rádio Globo Lucimara Parisi era a sua produtora.

Após 4 anos de sucesso, Fausto Silva foi contratado pela Rede Globo e em 26 de março de 1989 estreou o Domingão do Faustão. O contrato dele foi renovado há algum tempo e vai até 2017. Estima-se que ele receba mensalmente cerca de R$ 5 milhões.

As piadas de outrora deram lugar a arroubos de mau humor e amigos que participaram de sua trajetória foram deixados de lado. Artistas de quaisquer escalão são recebidos com os mesmos rapapés insossos e o programa é uma vídeo-cacetada na paciência dos telespec. Afinal, como falar do decantado padrão Globo de qualidade num programa em que o mala lê recadinhos escritos à mão em pequenos pedaços de papel? #semnoção

“Ele se vendeu ao sistema”, reclamam alguns. Tenho o desprazer de informar que o apresentador não está sozinho nessa espécie de Titanic existencial. O mais chato é perceber que nossos abandonos e concessões estão em clima de permanente liquidação. Bastam alguns centavos e já nos locupletamos com tranqüilidade. Ô loco, meu!

Quantos sorrisos entusiasmados de aprovação você já deu para o seu chefe após ouvir uma ideia estúpida? E aquele dia em que elogiou a blusa hor-ro-ro-sa que a namorada disse ter pago uma puta grana? Isso sem falar nos “eu-te-amos” meticulosamente interpretados porque o amor já foi para o saco, ao menos servindo para dar um pouco de vida a uma região carente de uso há algum tempo...

De concessão em concessão, corremos o risco de terminar a vida sem saber ao certo quem somos ou fomos. “As coisas não vão piorar”, disse o Renato Russo no palco do Perdidos da Noite. Errou feio o profeta. Parece que o vaticínio correto veio através da voz da Elis Regina: “A crise tá virando zona... Cada um por si e todo mundo na lona”. E la nave va.

sábado, 29 de maio de 2010

Deusanira

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Mora na Vila Joaquim Moreira, lá onde judas esqueceu o corpo. É filha do seu Antônio Filho. Homem de bem, honesto, trabalhador,e cabra bom. Tem um pedaço de chão, com algumas cabeças de gado, cabrito e um jegue. Os bichinhos magros, magros, daqueles que mostram as costelinhas. A casa antiga, ainda com cerca de pau. Um roseiral, cheio de onze horas,misturado a capim-santo. O terreiro bem cuidado da dona Francisca, (Chica pros de casa), e aguado pelo seu Antônio. O pobre carrega água no barril, num jegue, naquele solsão quente, pra satisfazer os caprichos da dona Chica. Desce a estrada de terra, até chegar no cacimbão.O pobre homem sabe o quanto ela gosta daquele roseiral, de ficar aguando o modesto jardim. Em terra seca, onde a chuva demora a cair, mato é ouro.É sombra no caldeirão do diacho, tamanho calor, solsão quente.

Dos catorze filhos, três falecidos .Os oito foram embora,não queriam a vida simples, sem conforto da Vila Joaquim. Lá, mal tinha o que fazer e trabalho só mesmo na roça, pastoreando o gado magro e cuidando da plantação. Então, o jeito era ir embora. Partiram o coração da dona Chica, quando subiam naquele ônibus para cidade grande. Dona Chica chorava, de soluçar. E Antônio, abraçado dizia: mais homi, a gente cria os filhos é pro mundo, não é pra gente não!? A dona Chica sabia disso. Mas era difícil, dizer: vá simbora com Deus meu filho...! Sabia que dificilmente se veria. Ás vezes chegava alguma carta, era demasiado choro da Chica e de soslavio olhos azuis lacrimejando saudades, em seu Antônio.

Uma foi simbora para Crato, cidade próximo ao padinho Ciço, e outro para o Café das Primas, acolá nas redondezas. Foi não foi, aparecem por lá, na Vila Joaquim Moreira.Mas aqui, só ficou uma. A filha caçula, dos catorze filhos.Para dona Chica, a conta é assim. Dos três, dois não vingou, mas dona Chica diz que é filho do mesmo jeito. Carregou no bucho, deu peito, segurou no colo, é filho.Era ama-de-leite ,pois cedo devolveu a Deus. Conformada,crê que Deus sabe o que faz. Apesar de não entender, o que fez a Deus para merecer o castigo de ter um dos três filhos morto de morte matada. É assim que falam por lá. Mas na vida a gente remenda o que dá... Então, agradecem a Deus outros filhos, e por ela não ter partido.

A rapariga boa, do beiço gordo e cabelo longo. A moça da mão boa para muncunzá, cabrito e baião de dois. A filha dedicada aos pais velhos e queridos. A brava que sobe no cavalo pra ajudar o pai a tanger o gado. Que faz compras,e trabalha como mascate . A boa rapariga que balança o quadril quando passa. Das coxas torneadas e sibito fino. Dos seios saliente,e da cintura fina.Ninguém se atreve a mexer, baixa os olhos, quando a vê. Fazendo valer as palavras de seu Antônio:rapariga que presta não dá ousadia não!!! Então,esconde os desejos e abafa os calorão. Falta-lhe, um cabra danado que chegue de mansinho (ou não), e pegue de jeito. A rapariga não acredita em pra sempre, então, não pensa em casar. Sabe que no fundo, isso é coisa dos antigos. Quando os casamentos não eram: papel, pedaço de chão e gado.Nada que se compare ao companheirismo, os chamegos e carinhos tímidos dos velhos, após tanto tempo.

Ela é o último presente de Deus, a dona Chica e seu Antônio.Um pedaço da graça e misericórdia de Deus, tamanha bondade e amor.Outro pedaço da ira (deusa?), que a deixa na solidão, noites intermináveis.Seu nome é Deusanira. A caçula dos catorze filhos, cujos pés estão fincados na Vila Joaquim Moreira. Nome lascado de bonito!
. A soma de Deus, Deusa, de ira, soou Deusanira...

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Abstinência Virtual e Descoberta Pessoal

Já tem data: 05 de janeiro de 2011. Vou sair de São Paulo rumo a Gentio do Ouro, no interior do interior da Bahia, cidade onde há apenas um telefone. E ele é público. Serão 7 dias sem contato algum com internet, televisão ou qualquer tipo de distração midiática. Um desafio rumo à minha abstinência virtual e descoberta pessoal.

Tenho uma pequena história pra contar sobre o que me está me levando a viajar para aquele lugar:

- Meu avô, da parte mais brasileira da família, chamava-se Horbal. Registrou a si mesmo aos 12 anos de idade porque sua mão não achava necessário. Aos 19 anos, apaixonou-se por Januária, se casou e tiveram duas filhas. Ele gostaria de chamá-las de Agrícola e Pecuária, mas foi proibido pela mulher. Juntos, escolheram os nomes Benigna e Benília.

- Com o nascimento da segunda filha, Januária teve logo sintomas de eritroblastose fetal e precisava de uma vacina cara, vendida apenas em Salvador, ou morreria. Meu avô juntou as economias, vendeu algumas cabeças de gado e partiu correndo buscar a salvação de sua mulher. Comprou a vacina e logo retornou. Nessa época, as injeções eram feitas por tubos de vidro, mais simples. Na hora da aplicação, o médico deixou a seringa cair no chão e ela quebrou. Januária morreu.

- Com duas filhas pequenas, Horbal veio para São Paulo. Tornou-se militar e trabalhava enquanto a filha mais velha cuidava da mais nova. Em uma visita à Bahia, apaixonou-se por Eunice, que era irmã de Januária, e sua prima em segundo grau. Casaram-se e voltaram a São Paulo. Eunice é minha avó.

- Horbal e Eunice tiveram muitos filhos. Pela pobreza e falta de informação, alguns vieram a morrer. A primeira filha mulher de minha avó chamava-se Maria. Morreu com apenas 2 meses. Ela engravidou novamente e resolveu chamar a segunda filha de Maria novamente. O bebê morreu com apenas dois meses, mais uma vez. A próxima chamava-se Neide e correu tudo bem. Ao todo, tiveram 8 filhos, dos quais 3 morreram.

- Uma das maiores tristezas do meu avô era que nenhum de seus filhos e netos conheciam sua cidade nnatal, Gentio do Ouro. Lá, ainda mora a mãe de minha avó, minha bisavó, de 99 anos que cuida de sua tia-avó, de 101 anos. Em sua última viagem à Bahia, Horbal levou uma câmera para gravar todos os lugares que ele gostaria que sua família conhecesse. Não conseguiu terminar. Morreu uma semana antes de voltar á São Paulo.

- Quando meu avô faleceu, a cidade decretou um luto não-oficial. Moradores, amigos e parentes da cidade de 10.000 habitantes fizeram um pequeno cortejo, levando o caixão por alguns lugares da cidade. Usaram a câmera para filmar o velório e gravaram cenas adicionais de lugares que Horbal não teve tempo de registrar. Eu nunca tive coragem de assistir à essa fita.

- Um tio-avô fez um livro registro, mapeando toda a árvore genalógica da família entre casamentos, descasamentos, mudanças de cidade e desaparecimentos misteriosos. Seu último registrou foi o casamento do meu pai e o nascimento de seu filho, Felipe, que sou eu.

- Resolvi ir para a cidade de Gentio do Ouro para conhecer melhor minha bisavó e o lugar de onde tanta gente da minha família saiu. Em 5 de janeiro de 2011, minha bisavó Januária completa seus 102 anos. Ela já não enxerga mais e ouve muito pouco, mas conta suas histórias a quem quiser ouvir, sem saber com quem está falando. Eu estarei lá.

Gentio do Ouro era uma área rica em diamantes há décadas atrás. Hoje, não é mais. Como diria Fiona Apple, What’s so impressive about a diamond except the mining?”

terça-feira, 25 de maio de 2010

Milagras

Onda sim, onda não, a cada leva, em cada volta, este mar quer se precipitar. Entre gotas salgadas, anseia transbordar.

Pois que venham, que eu já não comporto mais. Venham abundantes, frescas, deste coração que derrete, desfaz-se em líquido.

Venham, gotas do bem, que vêm lavar estes olhos cansados de desencontro
. Lavem, levem embora a sujeira que tinge de cinza, que embaça a vista, pinta tudo em incolor desencanto. Sejam colírio, lavem a dor, tragam a cor.

Compressem sob as pálpebras esta salmoura, diluam os grãos de areia que ardem, secam e enchem a vista de deserto. Que venham aliviar este ardor que já não me deixava mais acreditar no amor.

domingo, 23 de maio de 2010

Desaparecida

Encontro-me desaparecida
Não sei onde podem me encontrar
Saí comigo mesma e não tenho hora pra voltar.

Podem culpar o show desse baixinho

sábado, 22 de maio de 2010

Sweet Like Candy.


[22.01.1983]

In your eyes, love, it glows so.

Quero, daqui a vinte e sete anos, sentir o amor que eles ainda sentem.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Pressentimento

Continuo convalescente, aliás, meu tratamento renal nem começou por conta do descaso do sistema público de saúde. Realizei uma biópsia do rim esquerdo em 29 de março e até agora o resultado não saiu.

O Hospital do Servidor Público é formado por uma equipe de médicos residentes que são assistidos por seus orientadores. Para me convencerem a realizar o procedimento tão invasivo eu escutei um ameaçador:

"- Seus rins estão funcionando a apenas 40% e pode parar de funcionar a qualquer momento!"

Se isso fosse no mínimo real eu já teria morrido certo? Não queria fazer deste blog um meio de desabafar, mas o estou fazendo porque não sei mais o que fazer e a quem recorrer. Não estranhem se uma japa louca aparecer na TV dando escândalo na porta do Hospital. Sim, serei eu mesma, tentando qualquer recurso para iniciar logo meu tratamento.

Enquanto isso não posso voltar a trabalhar e estou vivendo da caridade alheia.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Popeye - o subversivo

Depois de assitir a um desses desenhos que passam de madrugada, fiquei imaginando as reuniões nas grandes corporações de mídia e comunicação, onde um grande executivo, com um charuto na boca, deve ter explicado aos sócios: "Temos que contratar desenhistas e roteiristas insanos para a produção de desenhos animados, cartoons e animes de conteúdo adulto. O público quer sangue. Abram a mente para a violência gratuita, sexo e falta de moral. O trabalhador médio quer ver muita ação politicamente incorreta quando chega do trabalho ou da faculdade". Ligue na MTV depois das 23h e lá estará desenhos nada infantis. Multishow igual. Até Cartoon Network tem suas versões adultas para os desenhos animados".

Não! Não estou metendo o pau nessas produções, pelo contrário, acho muito divertido e mais: elas dão emprego para pessoas que certamente, se não estivessem criando e desenhando esses cartoons, estariam perdidas na vida.

O caso é que esses desenhos são fichinha perto do original e pioneiro dos desenhos politicamente incorretos, que burlava todos os canais de censura e influenciava toda uma geração no uso de entorpecentes, tatoo, violência e putaria: O Marinheiro Popeye.

Blasfêmia? Delírio? Exagero? Nada disso meu bom amigo, por trás das inocentes historinhas exibidas matinalmente no programa da Xuxa e outros infantes, o marinheiro deixava sua mensagem subliminar e te ensinava coisas que seus pais desaprovariam se prestassem um pouco mais de atenção.

Primeiramente o personagem principal fuma como um louco. Não aparece um segundo sequer sem seu cachimbo da paz, que virou sua principal marca registrada ao lado de sua droga estimulante: o espinafre.

Sim, meus amigos. O espinafre diário do Popeye era sua cocaína. Ele sempre estava triste, para baixo, sem esperança alguma e nos momentos cruciais de cada episódio, a quem ele recorria? A Deus? A um psicólogo? A um livro de auto-ajuda? Não! Era sempre ao espinafre, que lhe dava um novo gás nos momentos de maior dificuldade.

Viciado na planta, Popeye não pensava duas vezes em fazer uso do entorpecente para resolver seus conflitos e expandir suas potencialidades físicas e mentais. A droga era sempre o fator que resolvia todos os problemas. Quem nunca comeu espinafre esperando adquirir poder sobre-humano depois de assistir ao marinheiro?

Popeye também ostentava uma tatoo no braço, dando sinais de sua natureza de vândalo que era confirmada quando resolvia seus problemas na base da porrada. Violência mesmo, nunca vi o Popeye chamando o Brutus para um diálogo, uma conversa franca. Popeye usava seu entorpecente e buscava Brutus para espancá-lo.

Olívia também era péssimo exemplo. Indecisa entre o amor de Popeye e o desejo por Brutus, a vaca geralmente era levada pelo fator material. Muitas vezes Brutus ganhava a garota ao exibir um carro ou algo de valor, deixando o marinheiro a ver navios. O triangulo amoroso era muito explorado no desenho.

Pois é, você nunca se ligou nisso né? Se espanta ao ver South Park? Beavis and Butt Head?

Popeye é o que há, rapá!

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Genes

- Mãe, você lembra do final de "Instinto Selvagem"? Assisti até a metade, queria saber o que acontece.
- Sim.... ele volta pra mulher. Esse filme é cheio de cena de sexo, mas tem uma mensagem super moralista.
- Mulher?! Mas ele não tem mulher, a mulher morreu...
- Ah, é que eu tô confundindo com outro filme, aquele com a atriz que não é Meryl Streep. "Atração Fatal"! E tem aquela cena fantástica em que a mulher sai da banheira e ela está MORTA!
- Mãe, isso é "O Iluminado".
- Então é melhor você perguntar pro seu pai.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

O par

Ele a viu de longe. Rodopiando, descontraída, leve. Não fosse pela mão que arrumava insistentemente a franja para o lado esquerdo, um tique nervoso. Talvez isso imprimia nela um certo ar de inquietação. Ele a observava, rodeada de amigas, divertindo-se, rindo muito. Não conseguia tirar os olhos dela. Decidido, atravessou o salão da festa de casamento e a surpreendeu de costas, sussurrando-lhe ao ouvido:
- Tenho medo que você possa escolher as três primeiras opções, mas estou apostando na quarta.
Ela se virou, surpresa, e lhe lançou um olhar de indagação. Ele continuou:
- A primeira é que você tem namorado, a segunda é que você gosta de mulheres e a terceira é que você não fala português.
Ela riu, riu muito. Abriu a boca para dizer:
- Eu ia fingir que era surda-muda, mas, como não contive o riso, não ia colar. Qual é a quarta opção?
- Que sim, que você aceita dançar.
Deixou-se levar. Não acreditou quando ele lhe disse que não tirou os olhos dela a noite toda. Mas dançaram muito, riram muito. Nesse meio tempo ela conseguiu derrubar champagne no casal que dançava ao lado, quebrar o salto da sandália e ostentar no dente da frente, por cerca de 30 minutos, um pedaço de cheiro verde do canapé.
Ficaram a noite toda juntos. Ele estranhamente abobalhado diante dela, que contrariava estranhamente todos os clichês.
Passaram-se dois, cinco, sete anos daquele dia. E eles continuam a se divertir, a dançar como daquela vez. Conforme a música.
De fato, ela era inquieta. Mas com ele se sentia absurdamente completa. Encontrou o lar que tanto buscou. Não num lugar, mas em alguém. Ele, por sua vez, se via pleno. Pleno da certeza de saber de uma vez por todas. Sim, era ela.

domingo, 16 de maio de 2010

Precioso pedido

Cuidado com que tu pedes, nem sempre é o que se quer de fato.

Insano, mas, verdadeiro.

Julia pediu para Fernando que a iniciasse na prática do sexo anal.

Julia, 25, já tinha se entregado pra mais de de 10 rapagões e nutria por Fernando um sentimento novo e diferente de tudo que vivera até então. Queria que dar-lhe algo inédito, um presente, para selar de vez esse relacionamento que galopava feito uma mangalarga marchador. 

Fernando, 26, tirando as prostitutas, essa era a 3a a quem de fato realizara conjunções carnais. Pra ele, o que Julia já oferecia estava de bom tamanho, tanto que não olhava e nem desejava outra garota. Todavia, a sensação ter algo intocável, o animara e pediu, com certa vergonha. Sim, Fernando nunca tinha tido praticado atentado violento ao pudor, nem mesmo com as profissionais.

Julia, estava mais ou menos consciente da dor, comprou géis e estava treinando diariamente no banho. Primeiro com um dedo, agora já com dois. Dado esse avanço, como o pino do perú de Natal, era um sinal, ela já se considerava pronta.

Data marcada, depilações efetuadas, o que aconteceu foi uma sucessão de infortúnios. O nervosismo, imperícia e uma boa dose de azar...

Dilacerações em corpos cavernosos e a falta de controle naquilo que é mais rápido que a luz e o pensamento, fizeram dessa história uma mal sucedida empreitada rumo ao desconhecido.

sábado, 15 de maio de 2010

haicais sobre o tempo

.


eu rio do tempo
quando passa indiferente
ao curso da vida


além da memória
vive a vida que passou
sem ninguém olhar


vejo meu reflexo
no espelho transparente
de cada momento


.


mais um poema sobre o tempo:




.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Um microconto

-Essa menina vai ser linda quando crescer!
-Pois é, eu sei. Uma pena.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Cumpleaños

5 dos 30



O "uM"

A aniversariante "DoIS", com seu irmão "DeZOito"


O "SeIS"


O "TReZe"
(Iluminado, ou "antes do apagão") 


Todos os outros números fora dos 30


O bolo


[Caríssimos, hoje nossa companheira de blog Letícia faz aniversário e não posso faltar. Aproveito para rever amigos neste importante evento, prometendo postar neste espaço (hoje, se possível) as fotos da moça e de outros membros  dos 30, para mostrar que existimos para além do virtual. Portanto, hoje teremos um post foto-jornalistico, um documento dessa estranha fauna paulistana com registros raros desse monumental encontro  recheado de comentários lúcidos, ácidos e/ou etílicos. Até.]


E o fim.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Soares da Cunha


Tenho um punhado de netos
Que acho o maior dos baratos:
São lindos quando estão quietos
E sorrindo nos retratos...

domingo, 9 de maio de 2010

Bem-vindo, inferno astral

O meu começa amanhã.

Eu, que ignoro o horóscopo do meu signo, caso ele não me agrade, e escolho o parágrafo mais interessante da página astrológica.

Eu, que não tenho um par de meias da sorte para levar ao estádio, não exijo que se descruze as pernas durante o jogo nem me culpo quando meu time perde.

Eu, que não cheguei à conclusão de que sou crente, agnóstica ou ateia simplesmente porque considero que o debate sobre a existência de Deus, de “alguma coisa” ou de nada é uma grande perda de tempo, tão fortes são as evidências de um grande e infinito nada.

Eu! Que insisto em passar debaixo das escadas e faço questão de pegar o saleiro diretamente da mão de quem me passou o bendito.

Eu acredito em inferno astral. Sou devota de Vênus, faço mandinga para Júpiter, rezo todas as noites para agradecer Marte e acendo uma vela para Saturno no parapeito da janela.

Não pense que sempre fui assim, uma believer. Eu já fui cética como você, um dia. Andava por caminhos escuros, rindo das forças superiores, blefando como se não tivesse nada a perder.

Até que chamaram meu blefe e acabei perdendo o sono, um punhado de amigos, as economias e a auto-estima que eu nunca valorizei como deveria. Com humildade.

Os astros não perdoam. Paguei por todos os meus pecados de descrença prepotente. E por todos os meus pecados de confiança ingênua também. Paguei pelos pecados dos outros, ajoelhei no milho em vários idiomas e carreguei a cruz alheia até o limite das minhas forças.

Mas essa história é antiga, e foi contada num texto muito melhor que esse. As feridas abertas inspiram mais do que as cicatrizadas.

Hoje escrevo pior, mas durmo melhor. Aprendi que não se pode ter tudo. Plutão que o diga...

PS: Não revelarei meus planos para os próximos 30 dias. Só garanto que enviarei "energias positivas" suficientes para agradar a todo o Sistema Solar.

sábado, 8 de maio de 2010

La Musica

Eu preferia músicas em português, mas já falei que não gosto do momento da música nacional nesse momento. Sabe quando o Hebert caiu do avião? Por ali a música, o rock nacional, caiu junto.

Escuto música em inglês também, e mesmo se não quisesse não conseguiria parar. É como tomar coca-cola, ou assistir Friends.É difícil não ceder. E com os ouvidos é pior, porque Deus e a anatomia não nós abençoaram com a capacidade de fechar os ouvidos, como fechamos os olhos. Acabamos bombardeados com músicas em inglês o tempo todo. Gosto de Beatles, U2 e o caramba, mas por favor, inglês é uma língua feia demais para ser cantada, é seca, reta e áspera.

Já música da América espanhola eu ouço mesmo, música argentina, uruguaia, mexicana. CDs inteiros, clipes, entro em comunidades. E não é tango não, apesar de ser também. É rock, é pop, é coisa muito boa, que existe a tempos aqui pertinho da gente, e a gente morre sem saber, sem ouvir.

Tem alguma coisa que o brasileiro tem contra o espanhol, eu não sei o quê, um incomodo, um comichão. Pode ser a música que for, o melhor arranjo, a melhor melodia, na hora que ouvem alguém cantar em espanhol torcem o nariz, gritam "o que é isso?", se manifestam , como se ouvir uma música em espanhol fosse uma brincadeira, um deslize brega, mas quem de parar de achar que tudo que vem de lá é comédia, é Chaves e Carrossel, desintoxicar os ouvidos, vai gostar. A reabilitação pode demorar. Procurem Inmigrantes, Julieta Venegas, Miranda!, Soda Estéreo,Cuarteto de nos.

Agora estou começando a abrindo ainda mais os meus horizontes. Músicas árabes, romenas, francesas. Ah, existe um mundo muito maior do quê me ensinou a MTV.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

E, o fim.

fui-me antes que o início tecesse a si mesmo
você disse e
eu calei que não sabia mudar meu não-estar

e o ínicio já era o fim
como mares
que minhas lágrimas não pingam

os olhos secos
pela poeira do encanto
que liberta-se
do que invadiu
num instante
num piscar de olhos
dos moços anônimos
do tempo
dos seus
que eram meus
e que já não são

e já não são a mesma nota nossas vozes
e não são uma nossas carnes
nossas almas
agora
faltando metade
que é você
e
não sou eu

meu coração
canta adeus porque acabou
eu continuo
e verão
quem não sei e quem não sou
o que
se dá de

mim

inabitada

meu coração
conta a deus que acabou
sem crer
e continua pulsando intenso
enquanto
tento
trans[cre]ver
o fim

o fim imposto
que verso
sem querer
renegando cada linha
que se faz nó na minha mão

sejamos nós atados com a vida que ainda resta
sejamos razoáveis, ao menos

e deixa

a solidão
talvez
já me acostumou
já se acostumou com meu ser só
estado

independência

mas você ainda vai sentar
e esperar o amor que virá
e que não fui eu

meu coração despede-se
despedaça-se
sem sangrar:

adeus amor
meu

quinta-feira, 6 de maio de 2010

You are big girl now

You are big girl now (ao som de Bob Dylan, You are big now, do disco Hard Rain)


Já estais mais matraqueada, querida
Não usas mais frases feitas
E camisa xadrez

Você é uma garota crescida agora
                          You
Ainda comete erros em demasia
A tormenta, a preguiça as justificativas
    Prolixa
                   não se abala mais

Você é uma garota crescida agora
                                   Big Girl
Nossas conversas, evoluíram demais
Minhas frustrações, não te calam jamais
Você diz:
   é meu alimento, não, não tire de mim
preciso respirar, mesmo que isto te cause o mal
Mal?

Você é uma garota crescida agora
                    Now Are
Mas daí vêm meus mais enriquecidos momentos
e os seus:
sôfregos, inspirados, aprazíveis, reconfortantes.
A chuva cai agora, tenho tempo, te procuro

Você é uma garota crescida agora


por: Vlado

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Skinas Bar

Você me deixa com o pau latejando, puta que pariu. É só você aparecer na esquina e eu não posso ir ao banheiro do bar mijar senão todo mundo vai perceber meu caralho querendo escapulir da calça. Ele tomou mais um gole da cerveja, acendeu o último cigarro do março e ficou olhando ao redor. Um casal brigando por ciúme numa mesa, quatro garotões dividindo um baseado noutra, um gringo cheirando toda a comida antes de colocar na boca, etecetra. E assim virou mais uma noite no Skinas Bar.
- Amor, vamos fazer amor aqui no Cais?

terça-feira, 4 de maio de 2010

Lição 1: como escrever um best-seller?

O Livro Prólogo (Rascunho)

Deus nunca foi um conceito fácil de engolir. Não pra mim. Mas, apesar de todo o meu ceticismo, Ele esteve presente em dois momentos fundamentais da minha vida: quando eu conheci Luana e no dia em que ela caiu naquilo que chamam de forma lúdica e pouco precisa de sono profundo.

Desde que Luana entrou em coma, minhas conversas com Aquele de quem nunca precisei (ou acreditei) têm sido mais constantes. Falo amenidades, pergunto do tempo, conto piadas e rogo por um pequeno gesto. Coisinha à toa pra quem, dizem por aí, criou toda essa “bagaça”.

Até agora nada. Vai ver Ele anda ocupado com bombas nucleares, nevascas, enchentes, terremotos e deslizamentos de terra. Ou, e essa hipótese me irrita muito, Ele prefere não interferir, seguir alguma espécie de burocracia divina e, simplesmente, deixar rolar.

Os médicos, que já me chamam pelo nome, sentem pena da minha devoção. Para eles, sou um clown do desespero. Vez ou outra, fazem aquela cara de gravidade e, cuidadosamente, me lembram que o caso dela é ...

“Irreversível” é a palavra mais dura que eu conheço. Não sei lidar com coisas que não podem ser revertidas, mudadas, consertadas ou remendadas.

Aos doutores, eu respondo que irreversível é o meu amor. Irreversível eram os nossos planos. Irreversível era a o jeito que ela arrumava o cabelo. Irreversível era a maneira como ela conseguia iluminar tudo ao seu redor. Irreversível era o som de sua voz me chamando para deitar. Irreversível é o cheiro dela em mim.

Também não gosto quando dizem que Luana está em estado vegetativo. Toda vez que olho pra ela, vejo uma flor. Luana é um rosa branca.

Por que continuo sentado ao lado da cama dela? Porque quero ser a primeira coisa que ela vai ver quando abrir os olhos. Se Deus pode reverter o irreversível. Eu posso esperar.

Acho que o tempo vai passar mais rápido enquanto eu conto a nossa história para vocês. Espero que me ajude. E que ajude mais alguém também. Sei que Luana ainda vai ler esse livro. Assim como você está fazendo agora.

Lúcio.

A Vida

Eu não te odeio Luana. Quero que saiba que 10 % de tudo que eu ganhar com as vendas deste livro será revertido para sua família - exceto, e isso é só um detalhe legal, o que for arrecadado com a venda dos direitos para o cinema.

Tá me ouvindo? Pra onde vão as pessoas em coma? Será uma espécie de limbo, sala de espera de dentista, fila de posto de atendimento da Receita Federal... Espero que, quando desligarem os aparelhos, você não fique muito chateada e resolva me assombrar.

Mas essa história é nossa. Portanto, também é minha. Se eu vou mentir um pouco? Claro que vou. Mas pode ficar sossegada. Vou te fazer uma pessoa melhor, quase uma santa. Qual atriz você quer que te interprete no cinema? Eu apostaria em Mariana Ximenes.

Quando o acidente aconteceu, nós já não estávamos namorando. Mais do que isso, não nos suportávamos. Você já saia com aquele professor de Ioga, lembra? Ah, eu também estava dando minhas escapadinhas por aí.

O que não quer dizer que eu tenha ficado feliz com o seu coma. Não sou um monstro. Chorei, honestamente, durante um mês. Agora, nossos amigos e familiares, que não sabem do nosso relacionamento infernal, me tratam com zelo. Sou um Romeu que preferiu não tomar veneno, mas que ainda espera sua Julieta abrir os olhos antes da primavera.

Pena que é “irreversível”. Acho que o livro vai chamar Amor Imortal. Nome brega, mas vendedor.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

A fortaleza

Antes de começar a escrever esse texto o interfone tocou. Tocou, tocou, e demorou para alguém atender. É que agora antes de dizer alô minha mãe corre para ligar a TV e ver pela micro-câmera quem está tocando o interfone. Pois é, agora temos micro-câmera. E cerca elétrica.

Tudo começou com o assalto a casa da Dona Maria.Viúva, moradora mais antiga da rua, há dois meses encontrou um vidro quebrado e a casa toda revirada. De prejuízo um rádio velho e uma garrafa de rum.“ São esses viciados em crack, entram pra roubar qualquer coisa”, disseram. Assustada, mudou-se para um apartamento. Foi um pouco triste ver aquele caminhão de mudança, tantos anos de convivência. E até o vira-lata da rua que ela alimentava foi junto.

Então meu vizinho de muro pediu permissão para colocar cerca elétrica. Respondi que não. Um exagero. Fora que fiquei com medo que matasse meus gatos, vai saber.
Nesse meio tempo outra casa assaltada, outra vizinha anuncia mudança, e comecei a ficar com medo. Comecei a pensar em todos os pontos vulneráveis da minha casa. E se quebrarem o vidro da varanda? E se escalarem o muro?

Comecei a me justificar, não, não é tanto pelo bem material, é a idéia de alguém invadindo o seu refúgio, o lugar onde você quer se sentir seguro. Deve ser algo primitivo, de toca, de caverna, refletia,enquanto pesquisava na internet se a cerca matava gatos ou não.

Um sábado eu estava saindo de casa, olhei meu computador em cima do sofá e me peguei pensando que se alguém entrasse aqui, seria a primeira coisa que levariam. E eu só paguei duas prestações! Corri para esconder e aproveitei para esconder todas as coisas de valor . Curiosamente, nesse dia entraram na casa da frente e levaram uma bolsa.

Pronto, em dois dias uma firma de segurança estava aqui para instalar a câmera e a cerca. E o cara da firma de segurança ainda queria me vender mais coisas. Que tal um sensor nas portas e nas janelas? Que tal um sensor de movimento? Sensor de movimento, hum...interessante. Não! Como assim interessante? Consegui sair do transe. Minha casa ia parecer um daqueles cofres do filme Missão Impossível. Não, chega. Já era paranóia. Cerca e câmera está ótimo.
Minutos depois de acabar de instalar a cerca, o portão quebrou. Agora quem quiser entrar aqui não precisa se arriscar a levar um choque, é só empurrar o portão e seja bem vindo. Ironia?

domingo, 2 de maio de 2010

atitudes que pedem de trilha sonora

Maio é um mês importante para mim, não só por fazer aniversário, mas por conter algumas datas importantes desde ano passado, rupturas e aproximações aconteceram em maio de 2009. E hoje, começo de maio de 2010, eu percebo como tanta (TANTA mesmo) coisa mudou, a Leticia de um ano atrás é bem diferente dessa que aqui digita, isso me faz feliz. Na última semana, depois de conversas com pessoas muito especiais e algumas reflexões, decidi que ainda há mais mudanças a serem feitas, porque isso me fará ainda mais feliz. Eu não conseguiria nada sem a ajuda de vocês, pessoas que não preciso citar. Afinal, viver deve ser mais do que passar os dias esperando o sábado chegar.



sábado, 1 de maio de 2010

novo trabalho, trabalho...

como de costume, a ideia incial do post deste mês mudou 789 vezes. comecei escrevendo sobre numerologia, cartas, cosmos, astros, mas é difícil falar do que não se acredita. acabei caindo no ridículo da crítica pela crítica e a ironia virou sarcasmo. apaguei.

depois comecei a escrever sobre sorte, dinheiro, sonhos. parei porque não tenho nem um, nem outro. nem sonho. mas isso não tem a mínima importância hoje.

hoje é dia mundial do trabalho e apesar de não ter encontrado o emprego perfeito (se é que existe) e muito menos ser militante destas forças trabalhistas e o escambau, eu comemoro meu novo trabalho. desde o dia 13 (ótimo dia pra começar algo novo...) sou analista de comunicação de uma empresa. comemoro porque saí de um lugar onde aprendi muito, mas que vinha me oprimindo há tempos. comemoro porque em tão poucos dias me sinto mais útil que em anos.

comemoro porque o trabalho é na avenida paulista, aquela que sempre quis. comemoro ainda mais porque fica a 10 minutos (a pé) de minha nova casa (sim, mudei, mas isso fica pra um outro post). fico feliz por poder desenvolver coisas que aprendi na universidade, por ter liberdade de criar e trabalhar com midias sociais na internet.

lembra que uma vez eu escrevi no meu blog pessoal: "alguém aí quer me pagar para escrever em blogue?"

pois é... parece que alguém ouviu e me contratou. e olha que tanto meu blog condussão como este aqui (SIM, GENTE... NOSSO BLOG ESTÁ MAIS FAMOSO DO QUE IMAGINAVA) e todas as comunidades das quais participo foram lances decisivos na minha contratação. numa das (4) fases do processo seletivo, o entrevistador sabia de alguns posts meus que nem mesmo eu lembrava...

obviamente não sou mais um menininho que acha tudo certo e perfeito. tenho trabalhado demais e percebo que a partir do momento que decidi focar no trabalho e decidi investir mais em mim, as coisas começaram a acontecer.

aliás, fiquei tão feliz porque a partir do momento em que decidi isso, surgiram outras oportunidades de trabalho e passei numa prova concorridíssima numa das melhores empresas de cultura do brasil. ainda não rolou, mas o fato é que estou feliz com este trabalho hoje.

e hoje é o que importa.

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